Estudo avaliou a utilização do farelo de pinhão-manso detoxicado (FPMD) na dieta de suínos em terminação. Este estudo é tese de doutorado do pesquisador Bernardo Berenchtein no Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo – USP.
Os primeiros ensaios foram realizados com ratos Wistar e nestes não foram observados efeitos da adição do FPMD sobre o desempenho e alterações de peso e de comprimento nas vísceras (fígado, rins, coração, intestino grosso, intestino delgado) bem como nas análises sanguíneas dos animais. O que se observou foi uma redução significativa redução na digestibilidade das dietas em resposta à adição do FPMD, além do aumento linear no peso relativo do intestino (grosso e delgado).
Em um segundo ensaio foram avaliados a quantidade de ésteres de forbol, fenóis totais, taninos, saponinas, perfil de aminoácidos, a digestibilidade aparente do FPMD para suínos na fase de terminação, além do biogás e do metano gerado pelos dejetos dos suínos alimentados com dieta acrescida de 8% de FPMD. Neste caso a digestibilidade foi de 83,8% de matéria seca, 3,5 kcal/kg de energia digestível, 13,5% de proteína digestível, 1,5% de fibra digestível e 2,3 % de extrato etéreo digestível.
O uso do FPMD não afetou significativamente a produção de biogás e metano pelos dejetos dos suínos. Também foram avaliados os efeitos da adição de níveis (2, 4, 6, 8%) de FPMD na dieta de suínos na fase de terminação em relação aos parâmetros de desempenho, características de carcaça, qualidade da carne e toxicidade. Ocorreu ganho de peso diário com a adição de FPMD na ração. Entretanto esse ganho de peso não apresentou diferença significativa em relação ao consumo de ração sem a adição de FPMD e aquela com adição 2% de FPMD, mas houve redução no consumo diário de ração. Nos parâmetros analisados: características de carcaça, qualidade da carne, enzimas transaminases hepáticas, a alanina aminotransferase não apresentou resultados significativamente diferentes do tratamento controle ou adição de 2% de FPMD na ração. Nos valores de aspartato aminotransferase houve pequeno resultado negativo.
E na avaliação do conteúdo entérico dos suínos na fase de terminação, alimentados com adição de 2% de FPMD houve uma redução significativa da emissão de metano.
Os resultados do estudo sugere a adição de até 2% de farelo de pinhão manso detoxicado (FPMD) na ração de suínos em terminação.
Link: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64134/tde-21092012-103205/pt-br.php
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