Pesquisadores brasileiros descobriram que a podridão de raiz e outras doenças de folhas e caule que ataca o pinhão manso são caudadas pelos fungos Lasiodiplodia theobromae,Colletotrichum dematiumé e Fusarium sp. Este último é o causador da doença Fusariose. Todos eles, normalmente, são encontrados em qualquer lugar na natureza.
Descrição da Doença
A podridão de raiz do pinhão manso é uma doença leva a queda e a morte da planta em pouco tempo. A evolução visível da doença é a seguinte: primeiro ocorre o apodrecimento da parte do caule localizada no nível do solo subindo até uns 15 centímetros acima e em toda a sua circunferência; depois as folhas murcham e em seguida amarelam (a necrose faz cortar a passagem da seiva até as partes superiores da planta) - o cerno da raiz toma coloração amarronzada e apodrece na mesma velocidade que o caule.
Daí a planta fica sem sustentação, cai e morre. Se não for substituída por outra sadia, pode brotar no mesmo local, mas esta vai comprometer totalmente o rendimento da lavoura/pomar.
Os pesquisadores observaram que uma planta de pinhão manso bem nutrida não sofre podridão de raiz e concluíram que esta doença é causada por um desequilíbrio nutricional provocado pela carência de alguns nutrientes no solo essenciais a boa saúde da planta.
Quem desejar entender melhor como isso funciona sugiro consultar sobre a Teoria da Trofobiose (Link: http://www.biotecnologia.com.br/revista/bio21/21_4.pdf e www.iq.ufrgs.br/aeq/html/publicacoes/matdid/.../agrotoxicos.pdf)
Explicação dos Pesquisadores
A fusariose não ataca a planta sadia. Ela penetra na árvore através de ferimentos (enxada de capina, por exemplo) ou raiz rompida por pisoteio.
Solução para o Problema
Existiram duas soluções para o problema da podridão de raiz no pinhão manso, descritas a seguir:
1ª - É a aplicação de Teoria de Trofobiose. O pesquisador que desenvolveu essa teoria concluiu que uma planta nutrida produz proteínas e outras substâncias que normalmente não são digeridas ou repelem os vetores e agentes causadores da doença. Por outro lado, uma planta mal nutrida produz altas concentrações de outros tipos de substâncias (aminoácidos livres e açucares solúveis) que atraem os vetores e alimentam os causadores da doença.
Uma boa alternativa a aplicação dos biofertilizantes enriquecidos com micronutrientes essenciais à planta (análise de solo é recomendável para verificar sua deficiência e recomendar do solo). Segundo pesquisadores do IAC/UFLA, o principal nutriente para aumentar a resistência da planta ao ataque desse fungos é o boro (Veja o Link:http://www.iac.sp.gov.br/areasdepesquisa/graos/PDF/tecnico3.pdf
A Technes Agrícola, de Cabreuva-SP produzem produto chamado RIBUMIN que é controlador de solo e permite a absorção de fósforo fixado com alumínio inclusive promovendo a saúde geral da planta.
O pesquisador e produtor deste produto (Dr. Tsuzuki) explica a necessidade de materiais orgânicos na agricultura tropical, onde os materiais orgânicos de solo são rapidamente consumidos por alta temperatura e umidade exigindo a adoção de uma agricultura orgânica.
Atualmente adotar a agricultura sustentável é uma alternativa para a economia de baixo carbono e redução dos custos com fertilizantes e defensivos químicos.
2ª - É a solução já comprovada pela EPAMIG/CTNM que é a enxertia de Pinhão-Manso sobre a base de pinhão-bravo. O pinhão bravo possui resistência no caule ao ataque dessa doença, entretanto é sensível a outras sugerindo ao agricultor adotar concomitantemente as duas soluções para melhor segurança e controle dos resultados futuros. Plantações convencionais de pinhão manso enxertadas com pinhão bravo estão a mais de 3 anos sem apresentar a doença.
Esperamos que em um futuro próximo o melhoramento genético desenvolva cultivares resistentes a tais doenças e apresente soluções para outras limitações desta potencial cultura.
Para maiores informações não exitem em nos contatar, pois possuímos vários trabalhos de pesquisas sobre o assunto.
Planta saudável e bem nutrida
Planta doente "aparentemente bem nutrida"
Sugestão de link para pesquisa: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-29452009000300039