sábado, 1 de setembro de 2012

UNESP pesquisa clonagem do pinhão manso para gerar mudas com fidelidade genética e livres de patógenos


Pesquisa (em andamento) conduzida pelo pesquisador Henrique Curi Penna sob a responsabilidade do pesquisador Isaac Strinqueta Machado da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Estadual Paulista – UNESP objetiva elaborar um protocolo laboratorial e fluxograma que acelere a produção de mudas de pinhão manso com vistas a uniformidade anatômica do estande, fidelidade genética de matrizes selecionadas e livres de fitopatógenos endógenos (limpeza clonal) com características desejáveis para atender a toda  sua cadeia produtiva e permitir maior acessibilidade gerada pela maior oferta de mudas aos agricultores.
Veja um resumo do projeto de pesquisa a seguir.
A utilização do pinhão-manso na produção de biodiesel é bastante promissora para o setor do agronegócio; as potencialidades da espécie são diversas, tais como adaptação às regiões marginais inaptas a outras culturas, além de seus princípios ativos medicinais de comprovada eficácia. Além disso, contribui também para a conservação do meio ambiente por ser biomassa renovável, sequestradora de CO2 da atmosfera, e tudo aliado à capacidade de proteger os solos contra erosão e lixiviação de nutrientes. Contudo, estima-se que serão necessários entre 2 a 5 anos para que se tenham as primeiras cultivares melhoradas; a micropropagação pode acelerar os métodos convencionais de propagação vegetativa e auxiliar no desenvolvimento e multiplicação dos genótipos elite selecionados nos programas de melhoramento vegetal. Porém, a literatura científica pertinente é escassa e faltam dados de pesquisa com mudas de pinhão-manso produzidas in vitro. Este trabalho tem como objetivo, o desenvolvimento de protocolo laboratorial para a micropropagação de pinhão manso (Jatropha curcas L.), através da multiplicação de brotações por meio da proliferação de gemas axilares e apicais; coletadas de matrizes promissoras selecionadas em banco de germoplasma ex vitro do DRN/FCA/Unesp-Botucatu/SP. Para avaliação da indução da multiplicação de brotações, serão comparados os reguladores vegetais Benzilaminopurina (BAP) e Cinetina (KIN), em diferentes concentrações e balanceamentos, adicionados ao meio nutritivo basal de Murashige & Skoog: 0,50 mg.L-1 de BAP (T1), 1,00 mg.L-1 de BAP (T2), 2,00 mg.L-1 de BAP (T3), 3,00 mg.L-1 de BAP (T4) e 0,5 mg.L-1 de KIN (T5); 1,00 mg.L-1 de KIN (T6), 2,00 mg.L-1 de KIN (T7), 3,00 mg.L-1 de KIN (T8); todos os tratamentos serão suplementados com a auxina Ácido Indolil-butírico (AIB) na concentração de 0,25 mg.L-1. Após tratamento de desinfestação e proteção antioxidante, gemas axilares e apicais selecionadas serão inoculadas nos diferentes tratamentos, em condições assépticas da câmara de fluxo laminar, e, em seguida, dispostas em sala de crescimento sob condições ambientais controladas. Os resultados poderão permitir elaboração de protocolo laboratorial e fluxograma da produção de mudas com maior rapidez, uniformidade anatômica do estande, fidelidade genética às matrizes selecionadas, e limpeza de possíveis fitopatógenos endógenos (limpeza clonal); características desejáveis para o setor produtivo agroindustrial e possibilidade de inclusão de pequenos produtores rurais, pela maior acessibilidade gerada pela maior oferta de mudas. (AU)

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