sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

SG Biofuels se junta com Jetbio para projeto de produção de bioquerosene de pinhão-manso

Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br/noticia
A SG Biofuels (SGB) anunciou sua união com a Jetbio, líder de uma iniciativa integral que inclui Airbus, Banco Interamericano de Desenvolvimento, Bioventures Brasil, Rio Pardo Bioenergia, Air BP e TAM Linhas Aéreas, para acelerar a produção de óleo bruto de pinhão-manso como uma fonte de biocombustível para a industria de aviação no Brasil.
A SGB ​​irá trabalhar com a Bioventures Brasil, no implantação de plantios próprios de pinhão manso com os e outros parceiros, em um programa multi etapas levando à implantação de mais de 30.000 hectares na região centro-oeste do Brasil usando as sementes híbridas JMax™ da SGB. O óleo bruto produzido será transformado em bioquerosene para abastecer companhias aéreas.
"A adição da SG Bifouels é uma peça fundamental da cadeia de valor, uma vez que sua capacidade de desenvolver variedades de pinhão-manso de alto desempenho irá permitir a produção de matérias-prima de baixo custo, viabilizar seu cultivo para grandes áreas direcionando-a para produção de biocombustíveis no Brasil", disse Rafael Davidsohn Abud, diretor da Jetbio, uma empresa com base no Brasil, especializada em projetos de biocombustíveis.
Durante a fase inicial do programa, a SGB irá desenvolver variedades híbridas de pinhão-manso, adaptadas às condições de cultivo na região centro-oeste, e trabalhará com a Bioventures Brasil e Rio Pardo Bioenergia para selecionar, testar e escalar os híbridos de melhor rendimento para a implantação prevista do projeto comercial. A região centro-oeste foi selecionada por causa da grande disponibilidade de pastagens subutilizadas apresentando uma excelente oportunidade para o plantio consorciado com atividades de criação de gado.
"O Pinhão-manso provou ser a matéria-prima mais rentável e sustentável para bioquerosene de aviação, mas o desafio reside na produção de escala para atender à demanda," disse Paul Nash, diretor de novas energias na Airbus. "A capacidade da SGB de adaptar variedades híbridas de pinhão-manso especificamente para as condições de cultivo no centro-oeste do Brasil é um passo significativo na geração de oferta muito necessária e mais um passo para apoiar a estratégia da Airbus de establecer um projeto de comercialização de biocombustíveis em cada continente e alcançar as metas da aviação de crescimento neutro em carbono até 2020."
A Jetbio adotou uma abordagem multi-matéria-prima para a produção de bioquerosene para aviação, com foco no desenvolvimento de fontes rentáveis e sustentáveis, como o pinhão-manso e biomassa derivada da cana de açúcar. O financiamento da fase inicial do programa inclui contribuições da Airbus e do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
"As condições favoráveis ​​de cultivo no centro-oeste do Brasil combinadas com nossas variedades híbridas oferecem a mais forte plataforma para desenvolver um projeto de pinhão-manso de sucesso," disse Kirk Haney, presidente e diretor executivo da SG Biofuels. "Somos favoráveis a esforços que abordam a cadeia de valor completa e estamos animados para trabalhar com a Jetbio e seus parceiros."
A Airbus está promovendo a produção sustentável e a comercialização de biocombustíveis, a fim de atingir as metas da aviação global (para reduzir drasticamente as emissões de GEE até 2020 e além). Ela atua como um catalisador, desenvolvendo projetos de sustentabilidade ao longo da cadeia de valor (pelo menos um por um continente). Em novembro de 2010, a TAM Linhas Aéreas e a Airbus realizaram um vôo de teste com uma mistura de biocombustível com base de Pinhão-manso - o primeiro vôo de teste de biocombustíveis a bordo de uma aeronave comercial na América Latina. O Pinhão-manso agora está sendo usado em vôos comerciais pela Lufthansa, Interjet e Aeroméxico.
Um estudo realizado pela Universidade Tecnológica de Michigan, juntamente com a UOP Honeywell demonstrou que os biocombustíveis de aviação feitos a partir de pinhão-manso permitem uma redução nas emissões de carbono entre 65 e 80% em relação ao querosene de aviação derivado do petróleo.
"Com a volatilidade contínua dos preços do petróleo elevando o custo de energia, o pinhão-manso não é apenas uma alternativa altamente sustentável, mas fornece uma fonte estável e economica de combustível", disse Paulus Figueredo, Gerente de Energia da TAM Linhas Aéreas. "Estamos entusiasmados pela oportunidade de usar o combustível produzido por esta iniciativa conjunta".

Como Melhorar a Lucratividade no Cultivo do Pinhão Manso com a Aplicação de Biofertilizante: Saiba como preparar

COMO PREPARAR BIOFERTILIZANTE
 (A partir do Rúmem Bovino + Composto Orgânico)
Orientamos nossos leitores sobre a importância de manter o equilíbrio nutricional do pinhão manso para aumentar sua resistência ao ataque de pragas de doenças e obter alto rendimento em grão e óleo da produção. Uma das alternativas é a aplicação de biofertilizantes que comprovadamente melhoram a estrutura do solo e a disponibilidade de nutrientes sem agredir a planta. Os biofertilizantes enriquecidos com composto orgânico permite fornecer os elementos essenciais ao desenvolvimento da planta.
A aplicação dos biofertilizantes além de melhorar a estrutura do solo permite reduzir  os custos com a aplicação de fertilizantes e defensivos químicos que comprovadamente são  nocivos à saúde da planta, aumentado os lucros do agricultor. 
Lembramos da necessidade de realizar a análise do solo para verificar quais nutrientes estão em falta ou insuficientes no solo para as exigências nutricionais da planta. Daí é importante a aconselhamento com um agrônomo para indicar quais nutrientes devem ser complementados ao biofertilizante.
A seguir vamos apresentaremos mais detalhes sobre os biofertilizantes associados a compostos orgânicos e sua importância no desenvolvimento da agricultura sustentável. 

Biofertilizantes líquidos e sua aplicação na proteção de plantas
Os biofertilizantes são compostos bioativos, resíduo final da fermentação de compostos orgânicos, que contêm células vivas ou latentes de microorganismos (bactérias, leveduras, algas e fungos filamentosos) e por seus metabólitos, além de quelatos organo-minerais. Também podem ser definidos como sendo compostos biodinâmicos e biologicamente ativos, produzidos em biodigestores por meio de fermentação aeróbica e/ou anaeróbica da matéria orgânica. Esses compostos são ricos em enzimas, antibióticos, vitaminas, toxinas, fenóis, ésteres e ácidos, inclusive de ação fitohormonal.
Não existe uma fórmula padrão para a produção de biofertilizantes. Receitas variadas vêm sendo testadas e utilizadas por pesquisadores para diversos fins. A China e a Índia são os maiores produtores e consumidores dessa biotecnologia, com mais de 150 mil unidades instaladas, abrangendo a produção do biogás ou gás metano.
No Brasil, a fórmula mais conhecida é o Supermagro®, que está sendo utilizado com sucesso em culturas como maçã, pêssego, uva, tomate, batata e hortaliças em geral.
Na citricultura, os biofertilizantes são produzidos pelo método de compostagem líquida contínua em “piscinas” cavadas no solo, revestidas de lona plástica, com volume de até 10 mil litros. No processo são utilizados água não clorada e inoculante à base de esterco de rúmen bovino (obtido de abatedouro) e, posteriormente, enriquecido com o composto orgânico Microgeo®, um preparado não estéril à base de turfa, rochas moídas com 48% de silicatos de magnésio, cálcio, ferro e uma grande diversidade de minerais.
O biofertilizante obtido é pulverizado sobre as plantas em concentrações entre 1% e 5% (D’Andréa, 2001), sendo utilizado atualmente em mais de 8 milhões de pés de laranja. Esses produtos estão previstos na agricultura orgânica e regulamentados pelo Ministério da Agricultura (Instrução Normativa 07/99) e também pelas normas dos institutos que fornecem selo verde” ou certificado de origem controlada.
Pesquisadores destacam o efeito repelente e deterrente (preventivo/impeditivo) contra pulgões e moscas-das-frutas. Santos & Akiba (1996) relatam que o biofertilizante Vairo, aplicado em concentrações acima de 50%, possui efeito inseticida e acaricida. A utilização do produto puro não ocasionou efeito sobre formigas, abelhas, marimbondos e gafanhotos.
Medeiros et al. (2.000) verificaram que o biofertilizante à base de conteúdo de rúmen bovino e o composto orgânico Microgeo® reduziram a fecundidade, o período de oviposição e a longevidade de fêmeas do ácaro-da-leprose dos citros, Brevipalpus phoenicis, quando pulverizado em diferentes concentrações. Medeiros et al. (2000b) comprovaram ainda que esse biofertilizante agiu sinergicamente com Bacillus thuringiensis e B. bassiana, reduzindo a viabilidade dos ovos e a sobrevivência de larvas do bicho-furão dos citros, Ecdytolopha aurantiana, em laboratório.
Apesar de todas essas características dos biofertilizantes, consideradas por muitos como vantagens incontestáveis, pode-se abrir um novo ponto de discussão sobre o assunto. O que será que uma produção caseira do biofertilizante, sem o controle adequado do processo fermentativo e da matéria prima utilizada, gera como produto final? Atualmente, sabe-se que a composição biológica e bioquímica do biofertilizante é muito dinâmica e variável, mesmo para fermentações de larga escala e controladas.
O descontrole do processo como um todo pode favorecer o desenvolvimento de microrganismos oportunistas. Como parte da matéria prima é orgânica e, em alguns casos, de origem animal (restos de peixes, sangue ou leite) e esse material pode estar contaminado por microrganismos indesejáveis, inclusive patogênicos ao homem, a fermentação inadequada promove a multiplicação desses e o aparecimento de compostos também tóxicos.
De forma contrária, pode-se imaginar que as condições de fermentação, principalmente relacionadas à acidez do meio e à matéria prima utilizada, não permitam o desenvolvimento dessa microfauna.
Deve-se considerar também a inibição por competição e antagonismo entre os microrganismos não benéficos e o inoculante proveniente de conteúdo do rumem bovino, por exemplo. Este último, certamente em quantidade bem maior no sistema, tende a reproduzir a fauna microbiana proveniente do pasto e do trato intestinal do animal.
Colocamo-nos à disposição dos leitores para maiores esclarecimentos.
Links: www.cnph.embrapa.br/paginas/serie_documentos/.../biofertilizante.p...
www.fca.unesp.br/extensao/grupos/.../Biofertilizantes-e-caldas.doc

Pesquisa e Inovação

Descoberto a Causa e a Solução para o Problema da Podridão de Raiz no Pinhão Manso 

Pesquisadores brasileiros descobriram que a podridão de raiz e outras doenças de folhas e caule que ataca o pinhão manso são caudadas pelos fungos Lasiodiplodia theobromaeColletotrichum dematiumé e Fusarium sp. Este último é o causador da doença Fusariose. Todos eles, normalmente, são encontrados em qualquer lugar na natureza. 
Descrição da Doença
A podridão de raiz do pinhão manso é uma doença leva a queda e a morte da planta em pouco tempo. A evolução visível da doença é a seguinte: primeiro ocorre o apodrecimento da parte do caule localizada no nível do solo subindo até uns 15 centímetros acima e em toda a sua circunferência; depois as folhas murcham e em seguida amarelam (a necrose faz cortar a passagem da seiva até as partes superiores da planta) - o cerno da raiz toma coloração amarronzada e apodrece na mesma velocidade que o caule. 
Daí a planta fica sem sustentação, cai e morre. Se não for substituída por outra sadia, pode brotar no mesmo local, mas esta vai comprometer totalmente o rendimento da lavoura/pomar. 
Os pesquisadores observaram que uma planta de pinhão manso bem nutrida não sofre podridão de raiz e concluíram que esta doença é causada por um desequilíbrio nutricional provocado pela carência de alguns nutrientes no solo essenciais a boa saúde da planta. 
Quem desejar entender melhor como isso funciona sugiro consultar sobre a Teoria da Trofobiose (Link: http://www.biotecnologia.com.br/revista/bio21/21_4.pdf e www.iq.ufrgs.br/aeq/html/publicacoes/matdid/.../agrotoxicos.pdf) 
Explicação dos Pesquisadores
A fusariose não ataca a planta sadia. Ela penetra na árvore através de ferimentos (enxada de capina, por exemplo) ou raiz rompida por pisoteio. 
Solução para o Problema 
Existiram duas soluções para o problema da podridão de raiz no pinhão manso, descritas a seguir:
1ª - É a aplicação de Teoria de Trofobiose. O pesquisador que desenvolveu essa teoria concluiu que uma planta nutrida produz proteínas e outras substâncias que normalmente não são digeridas ou repelem os vetores e agentes causadores da doença. Por outro lado, uma planta mal nutrida produz altas concentrações de outros tipos de substâncias (aminoácidos livres e açucares solúveis) que atraem os vetores e alimentam os causadores da doença. 
Uma boa alternativa a aplicação dos biofertilizantes enriquecidos com micronutrientes essenciais à planta (análise de solo é recomendável para verificar sua deficiência e recomendar do solo). Segundo pesquisadores do IAC/UFLA, o principal nutriente para aumentar a resistência da planta ao ataque desse fungos é o boro (Veja o Link: http://www.iac.sp.gov.br/areasdepesquisa/graos/PDF/tecnico3.pdf
A Technes Agrícola, de Cabreuva-SP produzem produto chamado RIBUMIN que é controlador de solo e permite a absorção de fósforo fixado com alumínio inclusive promovendo a saúde geral da planta. 
O pesquisador e produtor deste produto (Dr. Tsuzuki) explica a necessidade de materiais orgânicos na agricultura tropical, onde os materiais orgânicos de solo são rapidamente consumidos por alta temperatura e umidade exigindo a adoção de uma agricultura orgânica. 
Atualmente adotar a agricultura sustentável é uma alternativa para a economia de baixo carbono e redução dos custos com fertilizantes e defensivos químicos. 
2ª - É a solução já comprovada pela EPAMIG/CTNM que é a enxertia de Pinhão-Manso sobre a base de pinhão-bravo. O pinhão bravo possui resistência no caule ao ataque dessa doença, entretanto é sensível a outras sugerindo ao agricultor adotar concomitantemente as duas soluções para melhor segurança e controle dos resultados futuros. Plantações convencionais de pinhão manso enxertadas com pinhão bravo estão a mais de 3 anos sem apresentar a doença.
Esperamos que em um futuro próximo o melhoramento genético desenvolva cultivares resistentes a tais doenças e apresente soluções para outras limitações desta potencial cultura. 
Para maiores informações não exitem em nos contatar, pois possuímos vários trabalhos de pesquisas sobre o assunto.

Planta saudável e bem nutrida
Planta doente "aparentemente bem nutrida"

Dicas Importantes

Retrospectiva das Principais Notícias sobre Pinhão Manso em 2011

O ano de 2010 foi marcado por vários acontecimentos importantes que vão repercutir diretamente na viabilidade da cadeia produtiva do pinhão manso, dentre elas:
O pinhão manso foi eleito pelo como uma das principais matérias primas para alavancar a produção sustentável dos biocombustíveis de aviação.
  • Estudos do Painel Intergovernamental de Mudanças no Clima (Intergovernmental Panel on Climate Change – IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU) revelou que a aviação civil tem um papel fundamental na emissão de gases de efeito estufa, respondendo por aproximadamente 2% de todo o dióxido de carbono (CO2) produzido no planeta.
  • Aconteceu o II Congresso Brasileiro de Pesquisa em Pinhão Manso onde foram apresentados vários avanços em pesquisa e melhoramento nos setores de cultivares, manejo, logística, processamento e destino. 
  •  Foi registrado a primeira cultivar híbrida de pinhão manso. A empresa americana de biotecnologia. SG Biofuels, especializada em pesquisa, desenvolvimento e melhoramento genético do pinhão manso, lançou a cultivar JMax 100. Cultivar de elite que promete alta produtividade por hectare em grão e óleo e resistência a determinadas pragas em reação às silvestres e reduzir os custos com manejo, propiciando 300% a mais de rentabilidade ao agricultor.
  • Foi criada a Associação Brasileira dos Biocombustíveis de Aviação - ABRABA acredita que a utilização de biocombustíveis sustentáveis produzidos a partir de  biomassas é fundamental para manter o crescimento da indústria de aviação em uma economia de baixa emissão de carbono (São Paulo 06 de maio/2010).

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

PINHÃO MANSO: agricultores voltam a se interessar pelo seu cultivo em 2011

Novas oportunidades se abrem para os produtores de pinhão manso com a assinatura do Memorando de Entendimento entre o Brasil e os Estados Unidos para Avançar a Cooperação em Biocombustíveis de aviação, que foi assinado pelas partes dia 19 de março de 2011.
Veja abaixo trechos da redação do Memorando extraídos do site da ANP.
"cientes da dependência do setor de aviação de combustíveis líquidos de alta densidade energética; convencidos do papel vital desempenhado pela parceria tecnológica e industrial no campo de biocombustíveis de aviação; conscientes, na qualidade de dois maiores produtores de biocombustíveis do mundo, de que o desenvolvimento de biocombustíveis de aviação constitui instrumento importante para mitigar os efeitos da mudança do clima e para reduzir missões de gases de efeito estufa (GEE), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil e o Departamento de Estado dos EUA, como representantes do Governo da República Federativa do Brasil e do Governo dos Estados Unidos da América respectivamente (doravante "os dois lados"), anunciam o lançamento da Parceria para o Desenvolvimento de Biocombustíveis de Aviação, com os seguintes objetivos: Endossar o desenvolvimento de biocombustíveis de aviação sustentáveis como meio importante para reduzir as emissões de gases do efeito estufa do setor; Coordenar esforços para o estabelecimento de padrões e especificações comuns para biocombustíveis de aviação; Fortalecer parcerias do setor privado mediante criação de ambiente favorável para pesquisa e círculos acadêmicos, bem como empreendimentos para desenvolver cooperação e iniciativas voltadas para o desenvolvimento de biocombustíveis de aviação. Isso inclui: apoiar o diálogo entre a Aliança Brasileira para Biocombustíveis de Aviação (ABRABA) e a Iniciativa de Combustíveis Alternativos para a Aviação Comercial (CAAFI)".
A assinatura desse memorando vem de encontro com o acordo para redução dos gases de efeito estufa proposto pela Associação Internacional de Transporte Aéreo - AITA, na Conferência do Clima de Copenhague (COP-15), em 2009, onde esta firmou o compromisso de substituição de 10% do consumo anual do querosene fóssil por bioquerosene de aviação derivado de fontes sustentáveis.
Para o leitor ter uma ideia do que isso representa em volume, o consumo anual da aviação comercial mundial é de 250 bilhões de litros de querosene fóssil; uma redução de 10% no consumo exigiria a produção de 25 bilhões de litros de matéria prima. O pinhão manso se destaca como uma das melhores matéria prima para esse fim, pois seu cultivo pode ser desenvolvido de modo sustentável sem comprometer a cadeia alimentar; e seu óleo apresentar excelentes características para produção do bioquerosene de aviação.
Após vários testes de vôos com aeronaves comerciais de grande porte usando bioquerosene derivado do óleo de pinhão manso esta matéria prima foi amplamente aprovada.
Veja abaixo o que afirmou recentemente o ex-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Pinhão Manso - ABPPM, Sr. Mike Lu, sobre o potencial que se abriu a essa cultura.

“Temos certeza do futuro promissor do Pinhão Manso na cadeia de valor de biocombustíveis, em especial no segmento do bioquerosene para aviação comercial. A certificação pela ASTM em 1 de julho de 2011 do bioquerosene abre um gigantesco mercado global de um novo commodity, estimado em 125 bilhões de litros no ano de 2020, para a agricultura e indústria brasileira. Portanto, persistir é preciso”.
Apesar do grande potencial do pinhão manso para produção sustentável do biocombustível de aviação a cultura do pinhão manso ainda não está totalmente domesticada e várias barreiras ao cultivo extensivo carecem ser superados, dentre elas a frutificação irregular, mediana produtividade e o controle de pragas e doenças.
Entretanto, a possibilidade de agregar mais valor á produção, reacendeu a esperança do agricultor brasileiro, sinalizando que viabilidade econômica da cultura do pinhão manso está perto.
Por outro lado, o avanço em pesquisas e desenvolvimento do pinhão manso continuaram e bons resultados foram alcançados - áreas experimentais da EMBRAPA Agroenergia selecionou genótipos com produtividade 4,5 toneladas de grão e 1,5 mil litros de óleo por hectare o que antes era  de apenas de 2,5 toneladas de grão por hectare.
Recentemente, no II Congresso Brasileiro de Pesquisa em Pinhão Manso foi apresentado uma variedade híbrida de alta performance, desenvolvida por uma empresa americana especializada pesquisa, melhoramento genético e biotecnologia.

Essa empresa está firmando parcerias com produtores de várias regiões brasileiras com o objetivo de avaliar e validar essa cultivar híbrida para os diferentes tipos de clima do país.
A cultivar híbrida já foi testada em outros países e a produtividade é de 8,0 toneladas de grãos e 3,2 mil litros de óleo por hectares, além de outras vantagens como resistência a pragas permitindo uma redução significativa do custo de produção com expectativa de aumento dos lucros em torno de 300% em relação aos genótipos
silvestres.
A BIOGUR está em processo de firmar parceria com essa empresa americana com vista a validar essa variedade para o clima do norte do país.
Aguardem!