A portaria n° 689 que aprova o Plano Decenal de Expansão de Energia 2020
- PDE 2020 publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.), possui uma visão
integrada da expansão da demanda e da oferta de recursos energéticos no período
decenal.
O PDE 2020 define ainda um cenário de referência para implementação de
novas instalações na infraestrutura de oferta de energia, que são necessárias
para o atendimento aos requisitos de carga, segundo critérios de garantia de
suprimento estabelecidos pelo Conselho Nacional de Política Energética.
O Plano indica um consumo final energético que crescerá de 237,7 milhões
tep em 2010 para 372 milhões tep em 2020, correspondendo a uma taxa anual média
de crescimento de 5,3%. O investimento total requerido para suprir a demanda
energética esperada é da ordem de R$ 1.019 bilhões.
A oferta interna de energia elétrica passará de 571,6 TWh em 2011 para
cerca de 867,3 TWh em 2020, elevando a oferta interna per capita de 2.959
kWh/hab para 4.230 kWh/hab. A ampliação do acesso à energia elétrica é um
indicador expressivo do bem estar das famílias brasileiras.
Neste horizonte decenal, o montante global de investimentos em oferta de
energia elétrica será da ordem de R$ 236 bilhões. Boa parte dos investimentos
em geração refere-se a usinas já concedidas e autorizadas, entre elas, as
usinas com contratos assinados nos leilões de energia nova. Os empreendimentos
de geração ainda não concedidos ou autorizados serão responsáveis por R$ 190
bilhões.
O sistema isolado de Manaus/Amapá será conectado ao subsistema Norte a
partir de julho/2013 e a interligação Manaus – Boa Vista integrará o estado de
Roraima ao SIN em janeiro/2015.
No horizonte decenal as obras de transmissão receberão investimentos de
R$ 46 bilhões, assegurando o crescimento do intercâmbio de energia elétrica
entre as regiões do país, de forma a possibilitar o atendimento mais eficiente
das variações sazonais da oferta de hidroeletricidade.
Nos próximos 10 anos, a produção de petróleo e gás natural será
expandida de forma acentuada, aumentando 196,5% e 197,1% respectivamente. O
país deverá contar com a adição de 450 km de gasodutos à rede existente. Os
investimentos em exploração, produção e oferta de petróleo e gás natural serão
da ordem de R$ 686 bilhões no período.
A demanda de biocombustíveis líquidos também se destaca com crescimento
médio anual de 9,6% para o etanol e 4,7% para o biodiesel. A geração de emprego
e renda no campo, associados à produção de biodiesel, é um fator relevante de
reversão de fluxos migratórios de contingentes populacionais das zonas rurais
para os grandes centros urbanos, impulsionando a dinamização de economias
locais.
Este plano constitui uma referência importante para o setor energético
nacional. O ambiente externo incerto ressalta o papel do planejamento decenal
para auxiliar na formação das expectativas dos agentes do setor energético
brasileiro no sentido de buscar a utilização mais adequada dos recursos
nacionais. A ampliação dos investimentos em energia assume uma posição central
para a manutenção da atividade econômica e preparação da infraestrutura
nacional para a continuidade do crescimento econômico.
A Empresa de Pesquisas Energética atuou como parceira fundamental no
desenvolvimento dos estudos que subsidiaram a elaboração do PDE 2020. A
participação de empresas e agentes do setor energético, bem como de entidades
da sociedade civil e de outros órgãos governamentais, que direta ou
indiretamente contribuíram com esse trabalho também foi de grande relevância.
Por Assessoria de Imprensa
MME
Link de acesso ao Sumário Executivo do PDEE_2.020:http://www.epe.gov.br/PDEE/20120302_2.pdf
Atente para as páginas: 57, 58 e 68, 69, 70 e 72.
Link de acesso ao Sumário Executivo do PDEE_2.020:http://www.epe.gov.br/PDEE/20120302_2.pdf
Atente para as páginas: 57, 58 e 68, 69, 70 e 72.
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