Veja
abaixo os aspectos econômicos creditados ao pinhão-manso, as perspectivas de
mercado futuro para o setor e resultados de avanços anunciados por institutos internacionais renomados
e por empresa que investe em alta tecnologia para o desenvolvimento da cultura
que estão sendo destaque em 2012.
A entrada no mercado de novas
cultivares de elite sinaliza que o pinhão-manso será uma das matérias-primas
mais promissoras e viáveis para atender a demanda mundial das indústrias de
biocombustíveis.
O mercado mundial de biocombustíveis
deve chegar a US$ 280 bilhões até 2022, segundo o instituto Pike Research(*). O
mercado total de combustível renovável está previsto para crescer sozinho em
mais de US$ 100 bilhões ao longo da próxima década, exigindo a produção de mais
de 30 bilhões de galões (ou seja, 114 bilhões de litros / 1 galão americano = ~
3,79 litros) de combustível sustentável por ano. Além disso, estima-se que a
indústria bioquímica deva apresentar um crescimento, até 2025, na ordem de US$
250 bilhões a US$ 500 bilhões. O pinhão-manso tem sido apontado como uma das oleaginosas
mais viáveis para atender a essa demanda.
Para atender a demanda anual de 114
bilhões de litros será preciso cultivar 45
milhões de hectares (área equivalente à metade de todo o estado do Mato Grosso
e 1,5 maior que a Itália). Isso considerando uma produtividade média de 2,5 toneladas
de óleo por hectare ano – entrada das novas cultivares de elite.
A Pike Research prevê que o pinhão-manso
contribuirá significativamente para o mercado mundial de biodiesel e
bioquerosene até 2014. O relatório da Bloomberg New Energy Finance estima que esta
oleaginosa se tornará a primeira cultura energética a atingir paridade de
custos com o combustível de aviação à base de petróleo.
Este movimento é em grande parte
impulsionado pela viabilidade econômica
da cultura. A empresa SG Biofuels anuncia que seus híbridos de elite de pinhão-manso
podem produzir óleo bruto a menos de US$ 99 por barril (equivalente a R$ 758,00
por litro – considerando o dólar a R$ 2,02). Isto é o reflexo do melhoramento e
do emprego da biotecnologia, aplicados na cultura do pinhão-manso por essa
empresa, gerando uma combinação de baixos custos de produção (os custos de
utilização do solo são de 10% a 20% menores que os utilizados para culturas alimentares)
e aumento no rendimento da cultura.
(*) Pike Reseach é um renomado
instituto especializado internacionalmente em pesquisa de mercado, dimensionamento
e previsão para o setor de energias renováveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário