Pesquisa (em andamento) conduzida pelo pesquisador Henrique Curi Penna
sob a responsabilidade do pesquisador Isaac Strinqueta Machado da Faculdade de
Ciências Agrárias da Universidade Estadual Paulista – UNESP objetiva elaborar um protocolo laboratorial e fluxograma que acelere a
produção de mudas de pinhão manso com vistas a uniformidade anatômica do
estande, fidelidade genética de matrizes selecionadas e livres de fitopatógenos
endógenos (limpeza clonal) com características desejáveis para atender a
toda sua cadeia produtiva e permitir maior
acessibilidade gerada pela maior oferta de mudas aos agricultores.
Veja um
resumo do projeto de pesquisa a seguir.
A
utilização do pinhão-manso na produção de biodiesel é bastante promissora para
o setor do agronegócio; as potencialidades da espécie são diversas, tais como
adaptação às regiões marginais inaptas a outras culturas, além de seus
princípios ativos medicinais de comprovada eficácia. Além disso, contribui
também para a conservação do meio ambiente por ser biomassa renovável,
sequestradora de CO2 da atmosfera, e tudo aliado à capacidade de proteger os
solos contra erosão e lixiviação de nutrientes. Contudo, estima-se que serão
necessários entre 2 a 5 anos para que se tenham as primeiras cultivares
melhoradas; a micropropagação pode acelerar os métodos convencionais de
propagação vegetativa e auxiliar no desenvolvimento e multiplicação dos
genótipos elite selecionados nos programas de melhoramento vegetal. Porém, a
literatura científica pertinente é escassa e faltam dados de pesquisa com mudas
de pinhão-manso produzidas in vitro. Este trabalho tem como objetivo, o
desenvolvimento de protocolo laboratorial para a micropropagação de pinhão
manso (Jatropha curcas L.), através da multiplicação de brotações por meio da
proliferação de gemas axilares e apicais; coletadas de matrizes promissoras
selecionadas em banco de germoplasma ex vitro do DRN/FCA/Unesp-Botucatu/SP.
Para avaliação da indução da multiplicação de brotações, serão comparados os
reguladores vegetais Benzilaminopurina (BAP) e Cinetina (KIN), em diferentes
concentrações e balanceamentos, adicionados ao meio nutritivo basal de Murashige
& Skoog: 0,50 mg.L-1 de BAP (T1), 1,00 mg.L-1 de BAP (T2), 2,00 mg.L-1 de
BAP (T3), 3,00 mg.L-1 de BAP (T4) e 0,5 mg.L-1 de KIN (T5); 1,00 mg.L-1 de KIN
(T6), 2,00 mg.L-1 de KIN (T7), 3,00 mg.L-1 de KIN (T8); todos os tratamentos
serão suplementados com a auxina Ácido Indolil-butírico (AIB) na concentração
de 0,25 mg.L-1. Após tratamento de desinfestação e proteção antioxidante, gemas
axilares e apicais selecionadas serão inoculadas nos diferentes tratamentos, em
condições assépticas da câmara de fluxo laminar, e, em seguida, dispostas em
sala de crescimento sob condições ambientais controladas. Os resultados poderão
permitir elaboração de protocolo laboratorial e fluxograma da produção de mudas
com maior rapidez, uniformidade anatômica do estande, fidelidade genética às
matrizes selecionadas, e limpeza de possíveis fitopatógenos endógenos (limpeza
clonal); características desejáveis para o setor produtivo agroindustrial e
possibilidade de inclusão de pequenos produtores rurais, pela maior acessibilidade
gerada pela maior oferta de mudas. (AU)
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