Novas
descobertas indicam que o pinhão-manso tem potencial para alcançar
produtividade de 4.000 litros de óleo por hectare.
O
pinhão manso vem sofrendo intenso bombardeio em pesquisa, internamente e
externamente – para a alegria dos jatrophicultores e da indústria de
biocombustível brasileira e estrangeira. Internamente pela aplicação da
engenharia genética (com quebra de velhos paradigmas) no que tange, principalmente,
à produtividade e resistência a doenças. Externamente, pelo desenvolvimento de
técnicas mais apropriadas ao manejo da cadeia produtiva com vista à redução dos
custos de produção, prevenção fitossanitária e maior desempenho da plantação.
São
tantas pesquisas “pipocando” nos mais diversos institutos de pesquisas comprometidos
com o desenvolvimento do pinhão-manso que, em relativo pouco tempo, as
informações sobre a planta vem sofrem mudanças rápidas: algumas até expressivas.
As informações sobre a cultura sofre alteração numa velocidade, algumas vezes, impressionantes.
Exemplo:
Em
2007 a produtividade do pinhão-manso era inferior a 2.000kg de grãos/ha. Hoje, graças
à transferência de tecnologia para a cultura, num ritmo cada vez mais acelerado,
se tem afirmado que a planta pode atingir 8.000kg de grãos/ha.
No
que tange à produtividade em óleo, o salto é 470%: de 670 a 700 litros de óleo/há,
em 2007, para até 4.000 litros de óleo/ha – entendimento atual.
Todo esse potencial estimado tem explicação e é o reflexo de conquistas
alcançadas sobre determinados caracteres
agronômicos desejáveis estratégicos para os setores mais interessados: os agricultores
e a indústria dos biocombustíveis.
Essas novas perspectivas que se abrem são graças ao emprego da seleção de
materiais genéticos superiores com elevado rendimento, associado ao domínio
do sistema de produção; aplicação de métodos de seleção massal; melhoramento
genético monitorado (Seleção Assistida por Marcadores – SAM); clonagem; e emprego
de reguladores do crescimento, entre outros.
Em
2011, o pesquisador mexicano Vítor Pecina Quintero identificou um acesso de
pinhão-manso, proveniente da América Latina, com teor de óleo no grão de 50%. Essa
descoberta contribuirá, no futuro para o salto na produtividade de óleo por
hectare anunciado acima (470%).
Comparável
ao que se anunciava em 2007, acessos que apresentavam teor de óleo de até 35%, o ganho
adicional é de 15%. Considerando o pinhão-manso uma cultura perene o aumento é muito
bom.
Restam
aos pesquisadores transferir, para uma mesma planta, essas duas variabilidades
genéticas: produtividade de 8.000 kg de grão/ha e 50% de teor de óleo. Se esses
caracteres se reproduzirem no campo, seguramente a viabilidade econômica da
cultura estará bem mais próxima.
Peso do Grão e
Amêndoa
Outros
caracteres agronômicos de interesse para a cadeia produtiva do pinhão-manso são
o peso do grão e o da amêndoa. Essas características dependem da taxa de
acúmulo de matéria seca durante o estádio de enchimento de grãos, que é
determinado pela expressão dos genes e que também sofre influência do ambiente
de cultivo. Melhorias nas condições de cultivo, proporcionadas pela calagem em área
total e pela adubação química em cobertura resulta em ganhos de peso no grão e
na amêndoa.
Um
trabalho desenvolvido pela Embrapa Rondônia, intitulado “Eficiência da seleção
para incremento do teor de óleo do pinhão‑manso” demonstrou
a influência da interação de genótipos superiores entre si no ganho em teor de
óleo e peso do grão e amêndoa.
Relata
o trabalho: “A seleção de genótipos superiores pode se basear em uma única
característica ou considerar um conjunto de atributos favoráveis para o
desenvolvimento de um produto final de qualidade superior.
Observação:
Para os interessados em aprofundar seu conhecimentos sobre as pesquisas atuais
e anteriores sugerimos pesquisar também no link abaixo: www.jatropha.pro/publications.htm.
O site apresenta mais de 490 publicações sobre o pinhão-manso no Brasil e no
Mundo.
Fonte de Pesquisa:
Embrapa
Rondônia
Nenhum comentário:
Postar um comentário