A empresa JOil Pte. Ltd., sediada em Cingapura, especializada em
pesquisa do pinhão manso e focada no desenvolvimento em cultivares de elite,
anunciou ter conseguido no primeiro ano de produção mais de 2 toneladas em seus ensaios de campo na Índia.
Atualmente, além da Índia, a empresa realiza experiências de campo na
Indonésia, Filipinas e Camboja.
Veja abaixo a reportagem
CINGAPURA, 12 de Março de 2012 – A JOil
(S) Pte. Ltd., desenvolvedora de uma nova geração de pinhão-manso,
conseguiu no primeiro ano de cultivo produtividade de mais de 2 toneladas de grãos
por hectare em seus ensaios de campo na Índia. Os resultados do cultivo em
terrenos marginais no estado indiano de Tamil Nadu são um avanço expressivo em
comparação com os cultivos atuais de pinhão manso que, normalmente, não
produzem flores ou frutos no primeiro ano.
Dr. Hong Yan, diretor científico
chefe do JOil, disse: "Nossas variedades clones (mudas) de pinhão manso (JO
S1 e S2) iniciou a floração três meses após o plantio e, em cinco meses, rendeu
sua primeira colheita de frutos. A maioria das plantas atuais de pinhão
manso não frutificam no primeiro ano após o plantio e quaisquer rendimentos nesse
estágio são insignificantes.
Dr. Hong acrescentou: "Nós
colocamos as sementes JO S1 e S2, em testes em várias regiões ao redor do mundo
para adaptação climática local e avaliação de desempenho de campo. Após 12
meses, conseguimos a primeira safra-ano, em duas parcelas de terreno marginal, localizados
a mais de 200 km de distância, em Tamil Nadu, no sul da Índia. Dado que
pinhão manso estabiliza sua produção, com rendimento máximo, em três a quatro
anos, isto mostra que nossas variedades têm potencial para alcançar rendimentos
superiores a cinco toneladas de grãos por hectare. Este patamar de
produtividades viabiliza o cultivo sustentável do pinhão manso para a produção
em larga escala comercial do biodiesel e/ou bioquerosene de aviação. "
Em resultados recentes, as variedades
de pinhão manso da JOil, obtiveram produtividade de 2,4 toneladas de grãos por
hectare em uma área de cultivo localizada perto da cidade de Coimbatore/Tamil
Nadu/Índia. O outro ensaio, na cidade de Madurai/Tamil Nadu/Índia, a
produtividade foi de 2,15 toneladas por hectare.
As duas variedades de elite de pinhão
manso testadas demonstraram melhor uniformidade, aumentou o engalhamento (
auto-ramificação) e a inflorescência precoce em comparação com “variedades
comerciais existentes” e os tipos selvagens (nativos) de pinhão manso plantada
em condições semelhantes. Todas estas características têm contribuído para
a rápida constituição e boa produtividade para o primeiro ano de cultivo.
Planos para Programa Alargado de Campo de Observação
As mudas das variedades JO S1 e S2,
juntamente com outras variedades de pinhão manso desenvolvidas pela JOil outros
estão passando por testes de campo em um número de lugares em toda a
Ásia. Existem planos para um programa alargado que irá incluir localidades
africanas.
Atualmente os experimentos são
realizados pelas equipes da JOil em dois estados da Índia e no oeste de Java. A
Toyota Tsusho, parceira da JOil, realiza ensaios nas Filipinas e Camboja.
Dr. Srinivasan Ramachandran, Diretor
de Tecnologia da JOil disse: "Em todos esses ensaios, conduzidos pela JOil
e cultivando clones de pinhão manso de elite, têm demonstrado um excelente
crescimento, uniformidade de floração e frutificação precoces. Estamos
embarcando em um programa vasto de pesquisa de campo objetivando avaliar o comportamento de nossas variedades
de elite para os climas do Quênia, Tanzânia, Egito, China, Malásia e Vietnã. Assim,
as diferentes localizações dos ensaios nos ajudarão a avaliar o desempenho das
nossas variedades de elite e ajudar a identificar quais funcionam melhor nos
diversos ambientes agro-climáticos."
JOil está continuamente empenhada em
melhorar o pinhão manso através do melhoramento, cultura de tecidos e
modificação genética para alcançar maior produtividade em grãos e rendimento de
óleo. Na Conferência Insula / RSB em dezembro do ano passado, o Dr. Hong
Yan, anunciou que os esforços JOil sobre melhoria do pinhão manso, através da
aplicação da biotecnologia permitirá triplicar a produtividade ao longo dos
próximos sete a oito anos baseando-se em um rendimento atual de 03 toneladas de
grãos por hectare.
Lembramos aos nossos leitores que a
reportagem carece informações complementares sobre o manejo e condições
climáticas na condução dos ensaios, dentre elas estacamos: condições hídricas,
fertilização e defensivos.
Em relação ao comentário da
reportagem: “cultivos atuais de pinhão manso, normalmente, não produzem flores
ou frutos no primeiro ano”, afirmamos que no Brasil essa informação não
procede. Todos os plantios que conhecemos desenvolvidos nas diversas regiões
brasileiras, que no plantio foi observado o calendário agrícola local e
atendido à exigência nutricional da planta, a frutificação se deu no primeiro
semestre; independente se a forma de plantio foi por sementes ou mudas,
irrigado ou de sequeiro.
Como a maturação dos frutos ocorre
após 90 dias da floração, conclui-se que todas essas plantações geraram sementes
já no primeiro ano.
Entretanto, a diferença está
produtividade média dessas plantações que não superaram 0,3 toneladas por
hectares no primeiro ano de cultivo.
Maiores informações sobre o assunto;
colocamo-nos à disposição dos nossos leitores.
Contato:
Mauro Martins
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