Em diversos artigos temos alertando nossos leitores para o
crescente interesse do setor da aviação comercial pelos biocombustíveis. E em
meio a um mercado cada vez mais comprometido com a sustentabilidade, o pinhão
manso destaca-se como uma das mais promissoras matérias prima para atender a
demanda do setor por bioquerosene.
O engenheiro agrônomo da Embrapa Bruno Laviola, coordenador do projeto nacional
de domesticação do pinhão manso, reforça a afirmação acima quando, em uma de
suas declarações, compara que; enquanto a soja, principal matéria-prima da
indústria de biodiesel no país, oferece cerca de 500 quilos de óleo por
hectare, o pinhão-manso tem potencial para produzir 1,5 mil quilos na mesma
área.
O pesquisador fez recentemente a seguinte declaração: “Estamos
trabalhando no melhoramento genético para desenvolver variedades mais
produtivas e sistemas de produção que possam ser recomendados ao produtor”.
Essas pesquisas estão focadas na determinação de melhores estratégias para poda,
densidade de plantio, nutrição mineral, controle de pragas e doenças,
reguladores de crescimento e colheitas.
Mais uma razão para que os agricultores brasileiros e instituições
relacionadas fiquem alerta, procurem se informar melhor e estabeleçam, juntos,
estratégias para aproveitar esse mega mercado, sobretudo os agricultores familiares.
Abaixo segue um artigo publicado hoje (23/03/2012) pela ONIP –
Organização Nacional da Indústria do Petróleo
A Boeing Company, juntamente com a Airbus e a Embraer SA , assinaram um
memorando de entendimento para trabalhar juntas no desenvolvimento de
biocombustíveis de aviação drop-in e acessíveis. As três principais fabricantes
de aviões concordaram em buscar oportunidades de colaboração para falar com
governos, produtores de biocombustíveis e outras partes interessadas para
apoiar, promover e acelerar a disponibilidade de fontes sustentáveis de
combustível novos para jatos.
As três empresas têm o consenso de que as maiores ameaças para a
indústria da aviação são o preço do petróleo e o impacto do transporte aéreo
comercial sobre o meio ambiente. Ao trabalhar com a Airbus e Embraer sobre
biocombustíveis sustentáveis, a Boeing espera acelerar a disponibilidade de
biocombustível de aviação.
O acordo de colaboração apóia a abordagem da indústria multifacetada
para continuamente reduzir as emissões de carbono da indústria. A Boeing espera
que a parceria ajude a cumprir o objetivo da União Européia, de substituição do
combustível fóssil por 4% de biocombustível para a aviação até 2020.
As três empresas são membros associados do Grupo de Aviação de
Combustível Sustentável , que inclui 23 companhias aéreas principais,
responsáveis por aproximadamente 25% do uso anual de combustível para a
aviação. A Boeing e a Embraer já estão colaborando para estabelecer uma
indústria de biocombustíveis sustentável da aviação no Brasil e explorar novas
tecnologias para ampliar seu fornecimento e a disponibilidade.
A Boeing e a Airbus também estão ativas em todo o mundo e estão
colaborando para a estruturação das cadeias de suprimentos regionais, enquanto
os três fabricantes têm apoiado vôos com biocombustíveis desde quando os
organismos de normalização de combustíveis globais, concederam a sua aprovação
para seu uso comercial em 2011.
O foco da Boeing no mercado de aviões comerciais vem quando seu principal
negócio, aviões de defesa, tem sido sombreado por um orçamento volátil, afetada
pela turbulenta Zona Euro e EUA, onde existe a possibilidade crescente de
redução dos orçamentos no setor de Defesa. Esta variável provocará impacto nas
ordens de aeronaves e, eventualmente, poderá interferir negativamente na
trajetória de crescimento das empresas fabricantes.
O catalisador positivo para a empresa é a sua forte presença nos
mercados internacionais de aviação comercial, que lhe permitem capitalizar
sobre o crescimento esperado no espaço comercial. A Boeing também atende a
clientes internacionais e aliando-se com parceiros também internacionais buscam
aumentar a eficiência através da troca de tecnologia. Além disso, seu balanço
forte e fluxos de caixa consistentes com o apoio financeiro necessário para
aumentar o valor dos acionistas e fazer aquisições estratégicas.
Publicado em 23 de março de 2012
Fonte: http://novosite.onip.org.br/noticias/sintese/boeing-focalizada-em-biocombustivel-para-aviacao/
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