Pesquisa realizada pela Embrapa demonstrou que a
produtividade em grãos do pinhão manso altera-se frente a diferentes
concentrações de formulado NPK na adubação de cobertura.
O resultado dessa pesquisa é germe para aplicação
futura da prática moderna da agricultura de precisão com automação agrícola no cultivo do pinhão manso.
Este artigo foi apresentado no II Congresso Brasileiro de Pesquisa em
Pinhão-manso que aconteceu em novembro/2011. A pesquisa foi realizada em conjunto
pelos seguintes pesquisadores: Adriano Ramos dos Santos (Embrapa Rondônia),
Alaerto Luiz Marcolan (Embrapa Rondônia), Everson Jacinto Gouveia (Embrapa
Rondônia), Ueliton Oliveira de Almeida (Embrapa Rondônia), Rodrigo Barros Rocha
(Embrapa Rondônia), André Rostand Ramalho (Embrapa Rondônia), José Roberto Vieira
Júnior (Embrapa Rondônia), Bruno Galvêas Laviola (Embrapa Agroenergia/Brasília)
Abaixo selecionei trechos do artigo para que os
leitores avaliem e entendam a importância do tema para o domínio do cultivo do
pinhão manso maximizando os resultados.
“...Em
um primeiro momento considerado como um cultivo rústico, resultados de pesquisa
tem demonstrado que essa oleaginosa transporta elevada quantidade de nutrientes
do solo para os folhas e frutos, sendo sua reposição fundamental para a
manutenção da produtividade (Laviola et al., 2008). Segundo Gusmão (2010), o
pinhão manso no quarto ano de cultivo em espaçamento de 4 x 2 metros pode
exportar 146,2 kg de nitrogênio, 28,5 kg de fósforo e 130,6 kg de potássio por
hectare.
A
adubação adequada às necessidades da planta tem efeito nos principais
componentes de produção dessa oleaginosa, tais como volume de copa,
produtividade de grãos, tamanho de frutos e teor de óleo nos grãos (Spinelli
et
al., 2010). Da expectativa inicial de quatro ou mais toneladas de grãos por
hectare, produtividades inferiores a três toneladas estão sendo obtidas em
diferentes condições edafoclimáticas, seja devido a limitações hídricas,
ataques
de
pragas e doenças e, ou ausência de adubações adequadas (Laviola et al., 2010).
A
falta ou o excesso de determinado nutriente prejudica o desenvolvimento das
plantas, limitando a produtividade. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi
avaliar
a produtividade de grãos e o crescimento de pinhão manso sob diferentes doses
de adubação NPK em clima tropical amazônico.”
As informações acima servirão no futuro definir o
manejo ou sistemas de produção mais adequados para que possa ser recomendados ao produtor. Assim o produtor poderá cultivar esta oleaginosacom mais segurança e estimar os resultados.
A pesquisa foi direcionada para a adubação de cobertura e os resultados
obtidos provam que uma adubação mais concentrada de NPK pode reduzir a
produtividade de grãos, ao invés de aumentar. Por outro lado, uma menor
concentração pode elevar a produtividade.
Obviamente, o produtor deverá usar a concentração de adubo que maximize
os resultados da sua lavoura/pomar, daí a importância desta pesquisa.
Maximizar os resultados agrícolas é um dos focos e fundamentos do moderno conceito de
“agricultura de precisão”: automação agrícola a favor do produtor, ou seja, (-) custo com manejo e adubo; (+) rendimento em
grãos = (>) lucratividade.
Trechos conclusivos da pesquisa
“Na ausência de adubação de cobertura, as plantas apresentaram
aumento expressivo no volume de copa entre 36 e 48 meses após o plantio, porém
não houve aumento na produtividade de grãos.
A adubação de cobertura com 75g de N, 90g de P2O5 e 60g
de K2O por planta proporcionou o maior desenvolvimento de copa, porém propiciou
redução da produtividade de grãos.
A adubação de cobertura com 50g de N, 60g de P2O5 e 40g
de K2O por planta propiciou a maior produtividade de grãos.”
Para aqueles que
desejam adquirir maiores informações, sugerimos o artigo completo: www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/908219/1/1461.pdf
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