A
ONG Amigos da Terra da Indonésia - Walli em parceria com a Amigos da Terra da
Holanda – Milieudefensie, elaboraram um relatório sobre o projeto de cultivo de
pinhão-manso desenvolvido pela PT Waterland International em parceria com pequenos
agricultores locais no distrito de Gobrogan, Java Central na Indonésia.
O
destaque do relatório vai para os baixos preços pagos aos pequenos agricultores
pela produção de pinhão-manso comprometendo a sustentabilidade do projeto no
seu pilar social e econômico.
Recentemente
publicado, fev/2012, o relatório intitulado "O bioquerosene: decolagem na direçãoerrada" descreve
as consequências sociais e ecológicas do cultivo de pinhão-manso no distrito
Gobrogan.
O relatório descreve que pequenos agricultores do
distrito de Gobroban cultivaram
pinhão-manso e comercializaram sua produção para a empresa indonésia PT
Waterland International, parceira da australiana Jatenergy Limited. O grão de pinhão-manso foi processado pela PT Jatoil Waterland (joint venture entre
Jatenergy e PT Waterland). O óleo extraído foi comercializado para a Lufthansa
através da empresa finlandesa Neste Oil. O bioquerosene gerado foi utilizado
para vôos de teste entre Hamburgo e Frankfurt.
O
relatório afirma que a população do distrito Gobrogan sofreu efeitos adversos
em relação à comercialização da produção de pinhão-manso para a Lufthansa.
Segundo a Walli o modelo de projeto de
cultivo de pinhão-manso desenvolvido pelos agricultores de Gogroban nessa
parceria com a PT Waterland competiu com culturas
alimentares, como o milho. Os
agricultores também perderam em renda em função dos baixos preços praticados na
compra da produção de pinhão-manso.
O referido
relatório também questiona a redução das emissões de CO² com a substituição do
querosene fóssil pelo bioquerosene.
Primeiros resultados do
relatório
As
pressões desse relatório sobre a Lufthansa levou a empresa firmar compromisso
com a Wileudefensie de não mais fazer negócios com a Waterland, segundo artigo
divulgado pela Airportwatch em 24/10/2012.
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