quinta-feira, 25 de outubro de 2012

ONG questiona modelo de projeto de cultivo de pinhão-manso na Indonésia


A ONG Amigos da Terra da Indonésia - Walli em parceria com a Amigos da Terra da Holanda – Milieudefensie, elaboraram um relatório sobre o projeto de cultivo de pinhão-manso desenvolvido pela PT Waterland International em parceria com pequenos agricultores locais no distrito de Gobrogan, Java Central na Indonésia.
O destaque do relatório vai para os baixos preços pagos aos pequenos agricultores pela produção de pinhão-manso comprometendo a sustentabilidade do projeto no seu pilar social e econômico.
Recentemente publicado, fev/2012, o relatório intitulado "O bioquerosene: decolagem na direçãoerrada" descreve as consequências sociais e ecológicas do cultivo de pinhão-manso no distrito Gobrogan. 
O relatório descreve que pequenos agricultores do distrito de Gobroban  cultivaram pinhão-manso e comercializaram sua produção para a empresa indonésia PT Waterland International, parceira da australiana Jatenergy Limited. O grão de pinhão-manso foi processado pela  PT Jatoil Waterland (joint venture entre Jatenergy e PT Waterland). O óleo extraído foi comercializado para a Lufthansa através da empresa finlandesa Neste Oil. O bioquerosene gerado foi utilizado para vôos de teste entre Hamburgo e Frankfurt.
O relatório afirma que a população do distrito Gobrogan sofreu efeitos adversos em relação à comercialização da produção de pinhão-manso para a Lufthansa. 
Segundo a Walli o modelo de projeto de cultivo de pinhão-manso desenvolvido pelos agricultores de Gogroban nessa parceria com a PT Waterland  competiu com culturas alimentares, como o milho. Os agricultores também perderam em renda em função dos baixos preços praticados na compra da produção de pinhão-manso.
O referido relatório também questiona a redução das emissões de CO² com a substituição do querosene fóssil pelo bioquerosene.
Primeiros resultados do relatório
As pressões desse relatório sobre a Lufthansa levou a empresa firmar compromisso com a Wileudefensie de não mais fazer negócios com a Waterland, segundo artigo divulgado pela Airportwatch em 24/10/2012. 

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