terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Teoria da TROFOBIOSE

A Teoria da Trofobiose, também conhecida como teoria da planta equilibrada, nos diz que uma planta cultivada só será atacada por um inseto, ácaro ou por microrganismos (bactéria, fungos e vírus) quando ela tiver na sua seiva exatamente o alimento que eles precisam. A seiva neste caso será formada principalmente por aminoácidos, substâncias simples e solúveis de fácil digestão para esses insetos ou microrganismos. 
Uma planta que se encontra num ambiente equilibrado, adaptada ao lugar onde vive, em solo, contendo umidade, bem como quantidade e qualidade de nutrientes suficientes, consegue fabricar através do seu metabolismo interno e fotossíntese, substâncias complexas como proteínas, açúcares e vitaminas. 
Tais plantas dificilmente serão atacadas por “pragas e doenças” já que esses organismos não possuem aparelho digestivo preparado para dissolver substâncias complexas. Nos períodos climáticos desfavoráveis ou quando são empregados excesso de nutrientes solúveis e agrotóxicos, são liberados na seiva das plantas radicais livres (aminoácidos, açucares etc) que são alimentos prontamente disponíveis para os insetos nocivos e patógenos. 
O uso de adubo químico e agrotóxico prejudica a saúde da planta 
A adubação mineral e o uso de agrotóxicos provocam inibição na síntese de proteínas, causando acúmulo de nitrogênio e aminoácidos livres no suco celular e na seiva da planta, alimento esses que pragas e patógenos utilizarão para se proliferar. 
Explicação da Teoria da Trofobiose 
Foi a partir da relação entre o estado nutricional da planta e sua resistência às doenças, que Dufrenoy (1936) postulou que toda circunstância desfavorável ao crescimento celular tende a provocar um acúmulo de compostos solúveis não utilizados, como açúcares e aminoácidos, diminuindo a resistência da planta ao ataque de pragas e doenças. A partir disso, Francis Chaboussou formulou, em 1967, a teoria da trofobiose, ao afirmar que todo processo vital está na dependência da satisfação das necessidades dos organismos vivos, sejam eles vegetais ou animais, ou seja, a planta, ou mais precisamente o órgão vegetal, será atacado somente quando seu estado bioquímico, determinado pela natureza e pelo teor de substâncias nutritivas solúveis, corresponder às exigências tróficas (de alimentação) da praga ou do patógeno em questão. (Chaboussou, 1980; 1985). Assim, a explicação para o aumento de pragas ou desequilíbrios biológicos nos agroecossistemas pode estar associada ao estado dominante de proteólise nos tecidos das plantas. 
Fontes consultadas: www.biotecnologia.com.br/revista/bio21/21_4.pdf
www.amaranthus.esalq.usp.br/trofobiose.htm / www.ceplac.gov.br/radar/Artigos/artigo23.htm
http://www.planetaorganico.com.br/trabdarnut2.htm

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