segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Razão da Frustração dos Plantadores de Pinhão Manso no Passado e Perspectivas para 2012

As perspectivas para 2012 com o cultivo do pinhão manso:
  • Anúncios da EMBRAPA sobre genótipos de pinhão manso resistentes à pragas;
  • Anuncio da EMBRAPA de resultados obtidos com o cultivo do pinhão manso atóxico;
  • Anúncio do IAC sobre pinhão manso anão que pode ser no futuro a solução para a colheita mecanizada;
  • Anúncio da Associação Internacional de Transporte Aéreo sobre o potencial do pinhão manso como matéria prima para biocombustível de aviação e a demanda que suas associadas vão exigir para o bioquerosene;
  • Anúncio mundial de registro de uma cultivar híbrida de pinhão manso de alta performance desenvolvida pela empresa americana SG Biofuels e testes avaliativos programados para o Brasil;
  • Resultados surpreendentes em rendimento e produtividade do pinhão manso pela aplicação de substâncias reguladores do crescimento vegetal;
  • Dentre outras. 

Razão da Frustração dos Plantadores de Pinhão Manso no Passado 
A principal razão para os agricultores e investidores que apostaram no cultivo do pinhão manso, de origem silvestre, como oportunidade viável para atender a demanda por matéria prima alternativa à produção de biodiesel, sem dúvida nenhuma, foi a falsa crença que era uma planta muito superior a qualquer outra. Tratava-se de uma planta aparentemente rústica; que poderia se desenvolver em qualquer tipo de solo e clima; exigindo poucos insumos e tratos culturais; muito resistente a pragas e doenças; apresentando baixo custo de produção; e que tinha uma produção alta produção de semente por planta (de 12 a 15 quilos) por ano. 
E pra completar, se agricultor formasse uma plantação adensada com sementes da planta mãe, as filhas apresentariam as mesmas características, ou seja, cada planta filha iria produzir a mesma quantidade de sementes da mãe. 
Puro engano. 
Aconteceu que em cultivos adensados vários fatores interferem no desempenho da planta e o resultado observado foi uma baixa produtividade, associado a alto custo de manutenção, tais como: controle de pragas e doenças, adubação, poda, colheita e etc. 
O cultivo nessas condições provou ser inviável economicamente. 
Ficou ao agricultor a experiência e a expectativa de que no futuro a pesquisa científica encontre meios de aproveitar todo o potencial que o pinhão manso pode oferecer. 
Em resumo, a pesquisa e desenvolvimento estão se encarregando de descobrir e selecionar uma planta padrão com alto desempenho. Capaz de transferir para as filhas suas características permitindo multiplicar esse mesmos resultados em cultivos adensados e escalares; viabilizando cultivos comerciais dessa planta. 
Segundo os técnicos, o que se busca com a pesquisa e desenvolvimento do pinhão manso é uma cultivar ou variedade - planta selecionada que apresente alta produtividade associada a baixo custo de manutenção. 
Que transformação uma cultivar de pinhão manso pode realizar no campo? 
Basicamente, uma cultivar tem a função de uniformizar uma plantação fazendo com que todas as plantas filhas apresentem os mesmos comportamentos e resultados da planta que lhe deu origem. Ou seja, se uma cultivar produz 10 quilos de sementes por ano, uma área cultivada com 1.000 plantas filhas, dessa mesma cultivar, deverá oferecer uma produção em torno de 10.000 quilos de sementes por ano. 
É importante dizer que cada cultivar é desenvolvida para um tipo de solo e clima específico. Para evitar surpresas o agricultor deve consultar um técnico para saber qual cultivar ou quais cultivares estão mais indicadas para sua região. 
Resumindo: uma cultivar permite ao agricultor e investidor prever antecipadamente qual será o retorno para o seu capital. 
A seguir vamos dar uma dica importante para quem quer analisar o retorno do seu investimento com o cultivo do pinhão manso 
Uma condição fundamental para orientar o investidor/agricultor na hora de analisar se é viável aplicar seu dinheiro no cultivo de qualquer plantação, se vai ter um retorno satisfatório do seu investimento, é fato de poder prever qual será o rendimento da plantação antes de iniciar o cultivo. 
O primeiro passo então é adquirir uma cultivar indicada para sua região. 
Sobre esse assunto o que está valendo no Brasil para o pinhão manso, até que as pesquisas provem o contrário, é o que: 
veja a declaração abaixo 
“O pinhão-manso, tem sido nos últimos anos motivo de divergências entre a iniciativa privada e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA. Após intensa pressão sobre o governo federal e a criação da Associação Brasileira dos Produtores de Pinhão-Manso (ABPPM), em janeiro de 2008 o registro de espécie foi concedido à planta, liberando a comercialização de mudas e sementes. 
Embora esse fato seja considerado uma vitória da ABPPM, trata-se na verdade de uma licença provisória, uma vez que, para o plantio e a comercialização em larga escala, é fundamental que se providencie também o registro do cultivar, além da normatização das variedades do pinhão-manso. Sem isso, a cultura sofre restrições ao crédito público, além de sua produção não poder usufruir do seguro e benefícios fiscais destinado às lavouras já regularizadas.” 
Exclusivamente a título de exemplificação e baseado nas declarações dos pesquisadores em pinhão manso 
Vamos realizar uma simulação, a título de exemplificação, considerando a existência de uma cultivar de pinhão manso que produza 3,2 mil litros de óleo por hectare com teor de óleo na semente de 37%. Neste caso a produção em grãos é de 8.648 quilos por hectares. 
Veja o que afirma o IAC: “Nas pesquisas realizadas nos últimos anos, o rendimento de óleo variou de 1,3 mil a 3,2 mil quilos por hectare, abaixo apenas dos resultados do dendê e da macaúba. A importância da pesquisa do pinhão manso é medida pelo rendimento de óleo desta cultura. Enquanto a soja, a principal matéria prima para biodiesel no Brasil, oferece cerca de 600 quilos de óleo por hectare, o pinhão-manso rende 2,5 mil quilos na mesma área”; afirma o pesquisador Carlos Colombo, do Instituto Agronômico de Campinas - IAC. 
Fonte: www.gazetadopovo.com.br 
Considerando o preço de R$ 0,42/kg da grão do pinhão manso pago ao agricultor pela empresa NÒVABRA Energia no Espírito Santo, o faturamento é de R$ 3.632,00/hectare. 
Afirmou o diretor da empresa NOVABRA, Pedro Burnier: “no primeiro semestre deste ano (2011), o preço de aquisição do grão de pinhão-manso é de R$ 0,42 por quilo, o que representa um aumento de 40% em relação ao ano passado (2010), quando o valor do quilo foi de R$ 0,30 por quilo”. 
Fonte Link: http://www.faes.org.br/noticias_detalhe.php?Cod_Noticia=1545 
Considerando que o custo de manutenção para o cultivo de um hectare de pinhão manso é de R$ 1.488,00 (com impostos e assistência técnica incluso), a partir do 4º ano de cultivo, a receita líquida da atividade para o agricultor é de R$ 2.144,00/hectare. Uma rentabilidade de 69%. 
Considerando que o pinhão manso é uma cultura perene, indicada para produção de biodiesel e bioquerosene, seqüestradora de carbono, que ajuda a recuperar solos degradados, que não compete com a cadeia alimentar (sustentável), entre outras vantagens, essa rentabilidade para o pequeno agricultor é considerada muito satisfatória; uma vez que a colheita ainda é manual. 
Esclarecemos as informações acima trata-se apenas de uma simulação na prática o que existe é expectativa dos produtores interessados. 
A simulação que fizemos acima é baseada nas declarações dos pesquisadores sobre o potencial do pinhão manso e as conquistas em pesquisa alcançadas nos últimos. Esse otimismo reflete na expectativa daqueles que acompanham esse desenvolvimento científico e apostam que nos próximos 3 anos deva existir uma cultivar de alto rendimento, registrada no Brasil.
Colocamos ao dispor dos leitores para maiores informações sobre os avanços em pesquisa e domesticação do pinhão manso.

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