A Embrapa Agroenergia promoveu o I
Encontro em Avaliação de Ciclo de Vida – ACV, dia 13 do mês
passado, em sua sede, em Brasília/DF. ACV é
uma metodologia para avaliar os impactos ambientais
associados a um produto, processo ou atividade, por
meio da identificação e quantificação dos
fluxos de energia e materiais ao longo do ciclo de vida.
O tema central do evento foi o conceito de ACV
e as estratégias brasileiras a ela relacionadas,
ministrada pelo professor Armando Caldeira-Pires,
da Universidade de Brasília (UnB).
Na sequência, houve uma apresentação
(em inglês) do pesquisador Anthony
Benoist, do Centro de Pesquisa Francês – Cirad, voltado para agricultura e
desenvolvimento. Ele abordou sobre as pesquisa em ACV que estão
sendo desenvolvidas no instituto e as exigências ambientais que o
governo
francês começou a implementar no país.
A programação do evento foi fechada com uma palestra
que relacionou o ACV à pesquisa agropecuária brasileira, ministrada pela a pesquisadora Marília Folegatti
Matsuura, da Embrapa Meio Ambiente.
Em 2009, a instituição realizou o
workshop “Aspectos Metodológicos da ACV e “Impacto Social da cultura do
Pinhão Manso” em parceira com a Associação Brasileira dos
Produtos de Pinhão-manso (ABPPM) e a Universidade de Yale, dos
Estados Unidos. “A Embrapa Agroenergia já
está aplicando ACV em projeto de pesquisa com pinhão-manso
e pretende começara aplicar essa metodologia em outros
trabalhos”, diz o pesquisador Gilmar Souza Santos.
Nesse intuito ampliar a atuação na área, a Embrapa
Agroenergia está estabelecimento parceria com a UnB. Em julho
do ano passado, o professor Caldeira-Pires ministrou uma palestra sobre
o tema para a equipe de Pesquisa e Desenvolvimento do centro
de pesquisa. Em dezembro, ele foi o instrutor de um curso com
uma semana de duração para pesquisadores
e analistas de sete unidades da Embrapa.
Durante o curso, Caldeira-Pires destacou que o
setor agroenergético é um dos que mais estão sujeitos às exigências de
comprovação de sustentabilidade, especialmente no que diz respeito ao uso da terra e à emissão
de gases causadores do efeito estufa.
Daí a importância da adoção de uma ferramenta como a ACV,
que permite, por exemplo, a caracterização
detalhada da emissão de gases durante todo o ciclo de produção
de um biocombustível.
Para o pesquisador Gilmar Souza Santos,
da Embrapa Agroenergia, o uso formal e intensivo do ACV poderá
consolidar a credibilidade dos produtos brasileiros nos mercados
internacionais. O governo francês, por exemplo, já está exigindo que os rótulos
de 80 frutas comercializadas em supermercados, entre
elas a manga brasileira, exibam os volumes de gás
carbônico emitidos.
No encontro foi discutido sobre a importância que a ACV
terá, em um futuro próximo, para a comercialização de
produtos no mercado interno e externo, bem como apresentar brasileira no tratamento desses temas
nas instâncias governamentais e privadas.
Prezados leitores, estas
informações reforçam o tema abordado no artigo: Cultivo integrado de pinhão manso reduz 380% vezes mais as
emissões de gases de efeito estufa (GEE)sobre os parâmetros importantes no processo de certificação dos cultivos
sustentáveis de pinhão manso. Já não é mais novidade que o tema central em
matéria de desenvolvimento é a sustentabilidade, sobretudo em mercados compostos
por consumidores exigentes; nesses a certificação não é mais mero detalhe, e
sim componente fundamental para a comercialização de produtos.
Numa das reuniões ordinárias da ABPPM, na sua sede em São Paulo, o diretor da
NÓVABRA hoje presidente da instituição, Sr. Pedro Burnier, destacou que no
atual cenário a certificação é a porta de entrada para um produto no mercado
europeu e, no caso do pinhão manso, a
exigência é a mesma.
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