segunda-feira, 7 de maio de 2012

Discussão avalia o ciclo de vida da cultura do pinhão manso com vistas à sustentabilidade



A Embrapa Agroenergia promoveu o I Encontro em Avaliação de Ciclo de Vida – ACV, dia 13 do mês passado, em sua sede, em Brasília/DF.  ACV é uma metodologia para avaliar os impactos ambientais associados a um produto, processo ou atividade, por
meio da identificação e quantificação dos fluxos de energia e materiais ao longo do ciclo de vida.
O tema central do evento foi o conceito de ACV e as estratégias brasileiras a ela relacionadas, ministrada pelo professor Armando Caldeira-Pires, da Universidade de Brasília (UnB).
Na sequência, houve uma apresentação (em inglês) do pesquisador Anthony Benoist, do Centro de Pesquisa Francês – Cirad,  voltado para agricultura e desenvolvimento. Ele abordou sobre as pesquisa em ACV que estão sendo desenvolvidas no instituto e as exigências ambientais que o governo  francês começou a implementar no país.
A programação do evento foi fechada com uma palestra que relacionou o ACV à pesquisa agropecuária brasileira, ministrada pela a pesquisadora Marília Folegatti Matsuura, da Embrapa Meio Ambiente.
Em 2009, a instituição realizou o workshop “Aspectos Metodológicos da ACV e “Impacto Social da cultura do Pinhão Manso” em parceira com a Associação Brasileira dos Produtos de Pinhão-manso (ABPPM) e a Universidade de Yale, dos Estados Unidos. “A Embrapa Agroenergia já está aplicando ACV em projeto de pesquisa com pinhão-manso e pretende começara aplicar essa metodologia em outros trabalhos”, diz o pesquisador Gilmar Souza Santos.
Nesse intuito ampliar a atuação na área, a Embrapa Agroenergia está estabelecimento parceria com a UnB. Em julho do ano passado, o professor Caldeira-Pires ministrou uma palestra sobre o tema para a equipe de Pesquisa e Desenvolvimento do centro de pesquisa. Em dezembro, ele foi o instrutor de um curso com uma semana de duração para  pesquisadores e analistas de sete unidades da Embrapa.
Durante o curso, Caldeira-Pires destacou que o setor agroenergético é um dos que mais estão sujeitos às exigências de comprovação de sustentabilidade, especialmente no que diz respeito ao uso da terra e à emissão de gases causadores do efeito estufa. Daí a importância da adoção de uma ferramenta como a ACV, que permite, por exemplo, a caracterização detalhada da emissão de gases durante todo o ciclo de produção de um biocombustível.
Para o pesquisador Gilmar Souza Santos, da Embrapa Agroenergia, o uso formal e intensivo do ACV poderá consolidar a credibilidade dos produtos brasileiros nos mercados internacionais. O governo francês, por exemplo, já está exigindo que os rótulos de 80 frutas comercializadas em supermercados, entre elas a manga brasileira, exibam os volumes de gás carbônico emitidos.
No encontro foi discutido sobre a importância que a ACV terá, em um futuro próximo, para a comercialização de produtos no mercado interno e externo, bem como apresentar  brasileira no tratamento desses temas nas instâncias governamentais e privadas. 

Prezados leitores, estas informações reforçam o tema abordado no artigo: Cultivo integrado de pinhão manso reduz 380% vezes mais as emissões de gases de efeito estufa (GEE)sobre os parâmetros importantes no processo de certificação dos cultivos sustentáveis de pinhão manso. Já não é mais novidade que o tema central em matéria de desenvolvimento é a sustentabilidade, sobretudo em mercados compostos por consumidores exigentes; nesses a certificação não é mais mero detalhe, e sim componente fundamental para a comercialização de produtos.

Numa das reuniões ordinárias da  ABPPM, na sua sede em São Paulo, o diretor da NÓVABRA hoje presidente da instituição, Sr. Pedro Burnier, destacou que no atual cenário a certificação é a porta de entrada para um produto no mercado europeu e, no caso do  pinhão manso, a exigência é a mesma.

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