terça-feira, 29 de maio de 2012

A SG Biofuels propõe um modelo de negócio de sucesso para o pinhão manso



O modelo de negócio proposto pela SG Biofuels para a cadeia de valor do pinhão manso não restringe apenas ao desenvolvimento e comércio de sementes híbridas de elite de alto desempenho, vai mais além. A empresa criou um modelo de negócio vinculando toda cadeia de valor para a oleaginosa, conectando desde o agricultor no campo, passando pela indústria de transformação, até o consumidor final do biocombustível. Em todas as etapas da cadeia de suprimentos são celebrados contratos antecipados entre os atores do processo garantindo, de ponta a ponta, o desenvolvimento do negócio com total segurança e alta lucratividade. Desta forma, aproximando agricultor, com a indústria de transformação e o consumidor final de bioenergia, a SG Biofuels acredita que é possível viabilizar as atividades produtivas na cadeia do pinhão manso com redução dos custos e maximização dos lucros.
A SGB afirma que adotando este modelo e cultivando seus híbridos elite de pinhão manso de alta performance, testados e adaptados aos diferentes climas nos locais de cultivo, aproximando destes locais e reduzindo as distâncias entre a indústria de transformação e os consumidos finais, é possível agregar valor à atividade: dobrando os rendimentos e triplicando os lucros.  
Para consolidar este negócio a SG Biofuels, sediada na Califórnia, obteve 17 milhões dólares em financiamento, numa série de acordos estratégicos com grandes empresas investidoras, recursos estes que estão sendo destinados  a expansão de suas pesquisas e desenvolvimento, a estruturação da rede de comercialização e à escala de suas operações globais.
A SGB ​​também anunciou que Pratik Shah, Ph.D., sócio da Thomas, McNerney, e Caulder Jerry, Ph.D., diretor da Ventures Finistere, financiadoras desta etapa do projeto, juntaram-se a diretoria de administração da empresa.
Uma mega plataforma de negócio composta por uma rede sólida de clientes permitiu a SG Biofuels anunciar a assinatura de contrato para a implantação de 250.000 hectares de pinhão manso usando suas sementes híbridas JMax. Isso inclui um acordo com Bharat Renewable Energy Limited (BREL), uma joint venture entre a Bharat Petroleum, estatal indiana de petróleo e gás natural, bem como a JETBIO, empresa brasileira líder de uma iniciativa que envolve um grupo de empresas interessadas, dentre elas a Airbus, o Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID, e TAM Airlines objetivando implantar, no Brasil, cultivo de pinhão manso destinado à produção sustentável de bioquerosene para a aviação.
O interessante é que a produção, geradas nesses 250.000 hectares, já estão pré-encomenda. Nesse modelo, a SG Biofuels assina acordos multilaterais que asseguram aos clientes de ambos os polos da cadeia cumprirem os contratos; garantindo a produção ao destinatário bem como o recebimento, pelo produtor, do produto gerado.  
Visando assegurar os resultados, as sementes JMax são testadas em campo na região de cultivo e são determinados os índices de produtividade e custos de produção. Uma vez provada a viabilidade, o cliente concorda em encomendar as semente da SGB em volume que atenda a superfície de área a ser cultivada para atender à demanda do cliente comprador.
Além da empresa principal de pesquisa e desenvolvimento sediada na Guatemala, há ensaios em campo de cultivos em solos na Índia, com a empresa Bharat, e em Mato Grosso do Sul, no Brasil, com o consórcio JETBIO e empresas associadas.
Na Índia, 35.000 hectares já estão pré-encomendados, por meio da parceria com a empresa Bharat Petroleum.  Os resultados obtidos nos ensaios de campo já foram contabilizados e confirmaram serem satisfatórios.
No Brasil, com a JETBIO, os ensaios em campo estão apresentando bons resultados e a área disponibilizada para cultivo é de 30.000 hectares. 
Segundo declarações da empresa, um dos processos adotados é experimentar um determinado conjunto de híbridos, testando-os diretamente no campo, e depois aguardar os resultados gerados.
Segue abaixo algumas declarações do presidente da SG Biofuels, Kirk Haney
“Nosso objetivo é fazer com que os ensaios em campo demonstrem que nossos híbridos vão alcançar o rendimento que afirmamos.”
"No final dos ensaios, nós da SGB, saberemos qual é o espaçamento mais indicado; a quantidade exata de nutrientes que a planta necessita; a quantidade de água que ela exige; como  e quando podar; entre outros, bem como o rendimento apresentado pela planta frente às diversas condições agroclimáticas, diz Kirk Haney.
Por que o negócio do pinhão manso falhou no passado?
"Temos afirmado, há algum tempo, o que falhou no passado não foi a planta pinhão manso, mas sim o tipo de modelo de negócio adotado para o setor, continuou Haney. "Nosso trabalho tem sido o de obter dados e torna-los de domínio público, e, em seguida, apresentar os resultados que confirmem que temos o que dizemos que temos. "
Como tornar o negócio do pinhão manso uma atividade lucrativa?
"Nossa proposta é fazer com que os agricultores e produtores tenham certeza que vão ganhar dinheiro com a atividade, a um baixo custo de produção e/ou de processamento” – afirma Haney
"Dependendo do solo, a colheita pode ser manual, parcialmente mecanizada, ou totalmente mecanizada. Há algumas colheitadeiras de café que foram adaptadas para colheita mecanizada do pinhão manso. Agora, o pinhão manso não é exatamente como o café. Na colheita do pinhão manso colhe-se o fruto que contém a semente, produto principal. Entretanto, as indústrias de esmagamento e extração de óleo já dominam esta tecnologia. "
Qual é o modelo de vendas da empresa?
"Em nosso modelo de negócio, muito raramente os produtores estão ligados diretamente, focamos nos compradores do óleo. Estes são os mandatários do processo, pois são eles que têm a demanda dos biocombustíeveis. Como somos capazes de empurrá-los, podemos trazer juntos os produtores. Se você sabe que tem um mercado consumidor final, e se você sabe qual é a produção em grãos esperada a partir dos ensaios realizados nos diferentes micro-climas, cria-se um ambiente receptivo no meio agrícola para atrair os agricultores. Eu particularmente tenho um plantio de teca na América Central com área de 50.000 hectares. Particularmente sei como os produtores podem ser cativados. Você precisa provar um retorno satisfatório para a atividade e garantir a venda da produção. Se você garantir o preço antecipado ao produtor e existir um cliente que assegure a compra da sua produção, os riscos são reduzidos, torna-se atrativa e facilita a adesão do agricultor à atividade.".
A dinâmica de mudança do mercado de biocombustíveis estimulando a produção de grãos
“A escalada de preço das oleaginosas no mercado mundial é consequência do aumento na demanda por matéria prima provocada pela corrida pelos biocombustíveis: a dinâmica do mercado. Há uma necessidade de estimular o setor agrícola para responder a essa demanda. Entretanto, o nosso foco é reduzir os riscos para o produtor, e provar aos mesmos que a atividade é lucrativa e o retorno do investimento é seguro. É por isso que temos concentrado nossos esforços na genética da planta, objetivando agregar valor à atividade. Esta estratégia fará baixar os custos de produção, aumentar a produtividade e impulsionar essa cultura. "

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