Caros leitores, cometemos um equívoco quanto aos valores divulgados neste artigo, confirmamos com o responsável pela pesquisa Rodrigo Barros, Embrapa Rondônia, e o mesmo nos afirmou que a produtividade foi de 2,5 a 3,0 toneladas de grãos e não de óleo como está descrito abaixo. Portanto onde se lê 3,0 toneladas de óleo por hectare, leia 3,0 toneladas de grãos por hectare. Informamos que estes resultados foram obtidos com seleção massal e o cultivo não é irrigado.
Em um estudo que avalia o progresso genético, pesquisadores da Embrapa Rondônia, isolaram genótipo de pinhão manso que alcançou produtividade de 3,0 toneladas de óleo por hectare em plantas com 03 anos de idade. Esse é um feito inédito no país e reforça o potencial desta oleaginosa para a produção sustentável de biocombustíveis. Refirma também o que temos dito neste blog sobre os avanços em pesquisa fruto do esforço de incansável de pesquisadores.
Este trabalho recebeu prêmio em importante evento técnico cujo a temática central foi matéria prima para biodiesel.
Atenção: a Embrapa continua afirmando que pinhão manso está em processo de domesticação e vem trabalhando para desenvolver uma cultivar para lançar no mercado.
Transcrevemos para os nossos leitores o artigo na íntegra publicado no site da Embrapa.
Um artigo produzido pela acadêmica Catiele
Vieira Borges, intitulado “Ganhos genéticos
preditos com a seleção de indivíduos de pinhão manso nos dois primeiros anos de
plantio”, e com base em dados do programa de melhoramento genético em pinhão
manso, coordenado pelo pesquisador da Embrapa Rondônia Rodrigo Barros Rocha,
recebeu o Prêmio "Ciência, Tecnologia e Inovação em Biodiesel" na
temática matéria prima.
A premiação ocorreu durante o principal
evento técnico científico na área: o 5° Congresso da Rede Brasileira de
Tecnologia de Biodiesel, realizado simultaneamente ao 8° Congresso Brasileiro
de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel, que ocorreu no período de
16 a 19 de abril, em Salvador (BA).
O trabalho quantificou a produção de
biomassa do pinhão manso, selecionando as plantas de maior produção de óleo e é
resultado da dissertação de mestrado da acadêmica, intitulada “Capacidade
produtiva e progresso genético em pinhão manso (Jatropha curcas L.)”.
Pinhão manso em
Rondônia
De acordo com o pesquisador, o pinhão
manso ainda é considerado uma planta em domesticação e o principal objetivo do melhoramento dessa
espécie é o desenvolvimento da primeira variedade comercial. Em
Rondônia estão sendo realizadas pesquisas da variabilidade genética dessa
oleaginosa, visando selecionar plantas de maior potencial para a produção de
óleo. “A média de produção das 10 melhores plantas selecionadas aos 36 meses
varia de 2,5 a 3,0 toneladas por hectare, o que caracteriza uma boa
produtividade, comparada a outras regiões do país”, explica Rodrigo Barros
Rocha.
Segundo o pesquisador, o incremento da viabilidade econômica, social e
ambiental desse cultivo ainda depende da avaliação de ensaios que associem o
plantio de acessos selecionados às novas técnicas de manejo, como o uso de
reguladores de crescimento.
Biocombustíveis
O pinhão manso é considerado uma fonte
potencial de matéria prima para a produção de biocombustíveis no Programa
Nacional de Produção e Uso de Biodiesel. A espécie possui algumas
características que a torna interessante ao programa, como: potencial produtivo
superior às oleaginosas tradicionais e óleo de qualidade para produção de
biodiesel com possibilidade de inserção na cadeia produtiva da agricultura
familiar. No entanto, por se tratar de uma espécie ainda não domesticada,
limitações técnicas impedem a inserção plena do pinhão manso na matriz
energética da produção de biocombustíveis.
Fonte: www.embrapa.br
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