domingo, 15 de abril de 2012

Cultivo comercial do pinhão manso: mais um passo importante rumo à viabilidade da atividade



Passo importante para o cultivo comercial de pinhão manso acaba de ser dado na Unidade da Embrapa Semiárido pela equipe de pesquisa do Laboratório de Sementes (LASESA), coordenada pela pesquisadora Bárbara França Dantas. Foram desenvolvidos estudos que definiram o protocolo de análise de sementes do pinhão manso. É um estudo ainda inédito, mas que será de grande utilidade para o setor sementeiro (fornecedores de sementes) atestar a qualidade do material colocado à venda no mercado.
O protocolo estabelece um conjunto de práticas e informações que as empresas do ramo precisam seguir a fim de garantir que as sementes adquiridas pelos agricultores tenham determinada qualidade - a exemplo dos índices de germinação que variam entre 80% e 90%; percentuais considerados adequados para um material genético posto à venda, explica Bárbara. Nos testes conduzidos no LASESA, foram avaliados aspectos como temperatura, período de incubação e substrato.
A pesquisa ainda avalia a tolerância das sementes e mudas de pinhão manso a estresses ambientais, como salinidade e seca.
O pinhão manso é uma das culturas oleaginosas em estudo para integrar o programa brasileiro de biocombustível. Embora ainda seja uma espécie submetida a diversas pesquisas, algumas das suas características já definidas, como a de ser considerada uma planta perene e o óleo extraído do fruto ter boa qualidade, faz com que o cultivo de pinhão manso atraia o interesse de agricultores e empreendimentos privados nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste. A ausência no mercado de sementes com garantia tem limitado a expansão dos plantios, afirma a pesquisadora.
O próximo passo do trabalho realizado no LASESA é a publicação da metodologia utilizada para estabelecer o protocolo, em uma das séries editoriais da Embrapa Semiárido. Após isso, será encaminhado para registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.  O laboratório é registrado no MAPA e, de acordo com Bárbara, está em vias de ser também pelo RENASEM – Registro Nacional de Sementes.

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