A
podridão de raiz em pinhão manso é uma doença causada pelo fungo Lasiodiplodia
theobromae. Ela provoca o tombamento e morte da planta. Sendo o pinhão manso uma
cultura de ciclo longo, a podridão de raiz provoca sérios profundos numa
lavoura/pomar. O principal aspecto de manifestação dessa doença nas plantas
atacadas é a presença de um alo de necrose (com aproximadamente 10 cm de
espessura), localizado na porção do caule logo acima do solo. A doença, frequentemente,
ataca plantas acima de 1 ano de plantio e é percebida com o murchamento e
amarelamento das folhas, seguido de desfolha e seca progressiva dos ramos,
culminando com a queda da planta. Se a doença manifestar no período de chuvas,
é comum ocorrer o brotamento da planta tombada. A doença se manifesta em áreas
localizadas numa plantação (reboleiras) e, se não controlada, vai se
espalhando, podendo dizimar a lavoura/poma.
A podridão de raiz é uma
doença que pode provocar sérios prejuízos numa plantação de pinhão manso por
ser uma planta de ciclo longo (perene). Portanto, a morte de uma planta
compromete o ciclo de desenvolvimento do pomar provocando queda permanente na
produtividade, exigindo do produtor substituição da planta adulta por uma jovem.
O controle dessa doença
pode ser por meio do manejo adequado da planta –
principalmente, com
nutrição balanceada – biológico e químico.
Controle com manejo adequado da planta
No nosso artigo Teoria daTrofobiose destacamos que a aplicação
dessa teoria no cultivo do pinhão manso pode ser uma alternativa para reduzir a
incidência dessa praga por meio da nutrição balanceada, ou seja, aumentando a
resistência da planta com fornecimento dos nutrientes essenciais nos seus
diferentes estágios de crescimento e desenvolvimento.
Em Janaúba-Minas Gerais, a empresa BIOJAN vem
aplicando a teoria da trofobiose nos seus cultivos com ótimos resultados. Os
pesquisadores da BIOJAN esclarecem que o fungo causador da doença é um
habitante natural do solo e ele só provoca a doença em condições especiais e a
deficiência nutricional é a principal vetor de entrada do fungo e instalação da
doença.
Controle biológico
O controle biológico para
o fungo pode ser com desenvolvimento de cultivares resistentes a essa praga ou pelo
controle do número desses microorganismos presentes no solo por meio de
predadores inimigos naturais. Existem pesquisadores em diversas fretes
trabalhando com a engenharia genética e na identificação dos inimigos naturais
do fungo para essa finalidade.
Controle químico
O controle químico para o
fungo Lasiodiplodia theobromae vem sendo testado por meio da
aplicação defensivos já adotados em outras culturas onde esse patógeno provoca
doenças, dentre elas, a manga (podridão peduncular), mamona, seringueira e
outras.
Na manga, experimentos com fungicidas comprovaram
que a associação dos princípios ativos difenoconazole, azoxistrobina acrescidos
de nonifenol etoxilado, clorotalonil e propiconazole, em diferentes dosagens, apresentou valor de
controle da enfermidade superior aos 78%, quando comparado com a testemunha –
Fonte: Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 31, n. 3, p. 907-910, Setembro
2009.
As ciências agronômicas têm demonstrado que a
melhor forma de controle é o desenvolvimento de plantas resistentes aos
patógenos por meio do melhoramento genético – plantas transgênicas.
Enquanto essa tecnologia não acontece na
cultura do pinhão manso resta-nos contar com o manejo adequado e integrado para
controle L. theobromae associado
ao controle biológico (quando identificar um inimigo natural) e químico (quando
indicado).
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