sábado, 14 de abril de 2012

Viabilidade econômica do pinhão manso é acelerada por pesquisa de melhoramento genético



O melhoramento genético é a grande sacada da biotecnologia para maximizar os resultados; sem sobra de dúvidas.
Pesquisas desenvolvidas pela Universidade Nacional de Singapura, no departamento de Biotecnologia e Engenharia Genética Molecular, coordenado pelo professor Nam-Hai Chua,  isolaram e identificaram substâncias intracelulares chamadas miRNAs responsáveis pela determinação de expressões genéticas importantes no pinhão manso.
Esse estudo servirá de base para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de cultivares híbridas de elite com características agronômicas desejáveis visando potencializar o rendimento e melhorar a viabilidade econômica do cultivo, atender aos anseios dos produtores de pinhão manso e à demanda da indústria dos biocombustíveis sustentáveis (biodiesel e bioquerosene).
Segundo os pesquisadores, a aplicação da tecnologia de silenciamento genético, induzida por vírus, (VIGS) é uma atraente alternativa para determinação das funções dos genes em laboratório. Esta técnica, associada aos avanços da tecnologia da informação aplicada, acelera a obtenção de resultados e dispensa os demorados e trabalhosos procedimentos de transferência genética com subsequentes testes de campo, sobretudo, em se tratando de pinhão manso: uma planta de ciclo de vida longo.
Silenciamento genético no vegetal é um processo de interferência genética que leva a perda ou redução do nível de expressão gênica (capacidade da planta de expressar suas características naturais, tais como: absorção de nutrientes, engalhamento, quantidade e qualidade de frutos, peso das sementes, teor de óleo, entre outros); mas que não altera o código genético do organismo. O mecanismo pode atuar tanto na molécula de DNA quanto na de RNA. Nesse processo, o gene afetado, é impedido de produzir a proteína que seria sintetizada, modificando o comportamento da planta. É uma das tecnologias desenvolvidas pela ciência que permite ao homem conduzir uma planta na direção de metas desejadas.
Em síntese, as miRNAs ou microRNAs são substâncias que, no complexo mundo das reações bioquímicas celulares (animal ou vegetal) regulam  a síntese de proteína, além de outras funções, determinando o comportamento da planta.
Neste estudo, a abordagem experimental fornece evidências da existência de 52 miRNA em pinhão-manso responsáveis por diversos processos fisiológicos que acontecem no interior da planta. Esses processos fisiológicos refletem diretamente no desenvolvimento dos diferentes tecidos da planta (raiz, caule, folhas, frutos e sementes) estabelecendo, por exemplo, o rendimento em óleo e qualidade da semente – principal foco do melhoramento genético do pinhão manso para fins comerciais. Experimentos desse tipo já foram testados, com sucesso, na clonagem de arroz, trigo e mamona.
Essa abordagem de pesquisa identifica, em laboratório, as combinações genéticas que permitirão à planta apresentar o desempenho mais desejado, antes de testá-la e validá-la em campo. Nesse sentido, a tecnologia permite maior exatidão e confiabilidade nos resultados, reduzindo tempo de pesquisa e acelerando a transferência do conhecimento ao campo.
Queremos demonstrar neste artigo que, dia após dia, novos avanços em pesquisa agregam valor à cadeia produtiva do pinhão manso e indica que sua viabilidade econômica, para os cultivos em grande escala, está cada vez mais próximo da realidade; graças às ciências agrárias, tecnologias associadas e o incansável esforço dos pesquisadores.
O site biotecpragalera.org.com é uma referência para os que não detém conhecimento específico sobre  o tema e desejam entender o significado simples dos termos científicos citados neste artigo.
Abaixo listamos alguns links para os nossos leitores direcionar as pesquisas e aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto.
- http://www.ufv.br/dfp/virologia/FIP630_artig_files/19_Silenciamento.pdf
- http://www.proz.com/kudoz/english_to_portuguese/biology_tech_chemmicro_/3688033-gene_silencing.html
- http://www.biotecnologia.com.br/revista/bio31/silenc_genico.pdf



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