Pesquisa de
melhoramento do pinhão manso, conduzida pela
Embrapa Semiárido, alcançou produtividade de 01 tonelada de grãos a
partir do 6º mês em cultivo irrigado.
Veja abaixo
trechos do artigo divulgado pela própria empresa.
O pinhão manso é
encontrado em vários países sob as mais variadas condições ambientais. Algumas
características já identificadas, como o longo ciclo produtivo, animam os
pesquisadores a agilizarem os estudos que visam domesticar a planta. Em testes
experimentais realizados no campo experimental da Embrapa, em
Petrolina-PE, para avaliar o desempenho produtivo, o pesquisador Marcos Drumond
colheu cerca de 1.000 kg de sementes por hectare com irrigação semanal a partir
do sexto mês de cultivo. Sob plantio de sequeiro, a colheita foi de 250 kg de
sementes por hectare. Embora sejam resultados do primeiro ano de plantio, estas
quantidades mostram quanto é promissor o cultivo desta espécie oleaginosa,
afirma.
Outras informações
Na Embrapa Semiárido são
realizados estudos para eliminar toxicidade de tortas e farelos
de pinhão manso, assim como da viabilidade de utilização por
diferentes espécies animais (caprinos, ovinos e bovinos). Outro estudo em
andamento é a exploração do pinhão manso (Jatropha curcas
L) por meio de enxertia sobre plantas de pinhão bravo (Jatropha
molissima Muell Arg.), que vegetam espontaneamente em áreas degradadas
da caatinga. A idéia, segundo José Barbosa, é aproveitar a resistência e
rusticidade da espécie nativa visando oferecer uma alternativa de
enriquecimento da vegetação natural, associado à produção de matéria-prima para
produção de biodiesel.
Atualmente, pesquisadores
da Embrapa Semiárido desenvolvem projetos relacionados
ao pinhão manso em campos experimentais localizados no pólo
Petrolina-PE/ Juazeiro-BA e Nossa Senhora da Glória-SE, em condições de
sequeiro e irrigação. Os testes também vão ser realizados em áreas de variadas
condições de solo e clima dos estados de Pernambuco e Bahia. Marcos Drumond
explica que as plantas mais produtivas no primeiro ensaio instalado foram
selecionadas e estão sendo multiplicadas para cultivo em outros estados. Isto
representa o primeiro passo para o melhoramento genético da espécie.
As pesquisas serão estendidas por meio
de parcerias com outras instituições como a Prefeitura Municipal de Serra
Talhada-PE, o Centro Federal de Educação Tecnológica de Senhor do Bonfim-BA,
Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA. Áreas experimentais serão
implantadas em conjunto com a empresa privada Indústria Brasileira de Resinas
(IBR) nos municípios de Jacobina e Ourolândia, situados na região noroeste da
Bahia, no extremo norte da Chapada Diamantina, a 330 quilômetros de
Salvador-BA.
Fonte: Embrapa Semiárido Nordeste
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