quarta-feira, 18 de abril de 2012

Embrapa Semiárido quadruplica a produtividade do pinhão manso a partir do 6º mês de cultivo



Pesquisa de melhoramento do pinhão manso, conduzida pela  Embrapa Semiárido, alcançou produtividade de 01 tonelada de grãos a partir do 6º mês em cultivo irrigado.
Veja abaixo trechos do artigo divulgado pela própria empresa.
O pinhão manso é encontrado em vários países sob as mais variadas condições ambientais. Algumas características já identificadas, como o longo ciclo produtivo, animam os pesquisadores a agilizarem os estudos que visam domesticar a planta. Em testes experimentais realizados no campo experimental da Embrapa, em Petrolina-PE, para avaliar o desempenho produtivo, o pesquisador Marcos Drumond colheu cerca de 1.000 kg de sementes por hectare com irrigação semanal a partir do sexto mês de cultivo. Sob plantio de sequeiro, a colheita foi de 250 kg de sementes por hectare. Embora sejam resultados do primeiro ano de plantio, estas quantidades mostram quanto é promissor o cultivo desta espécie oleaginosa, afirma.
Outras informações
Na Embrapa Semiárido são realizados estudos para eliminar toxicidade de tortas e farelos de pinhão manso, assim como da viabilidade de utilização por diferentes espécies animais (caprinos, ovinos e bovinos). Outro estudo em andamento é a exploração do pinhão manso (Jatropha curcas L) por meio de enxertia sobre plantas de pinhão bravo (Jatropha molissima Muell Arg.), que vegetam espontaneamente em áreas degradadas da caatinga. A idéia, segundo José Barbosa, é aproveitar a resistência e rusticidade da espécie nativa visando oferecer uma alternativa de enriquecimento da vegetação natural, associado à produção de matéria-prima para produção de biodiesel.
Atualmente, pesquisadores da Embrapa Semiárido desenvolvem projetos relacionados ao pinhão manso em campos experimentais localizados no pólo Petrolina-PE/ Juazeiro-BA e Nossa Senhora da Glória-SE, em condições de sequeiro e irrigação. Os testes também vão ser realizados em áreas de variadas condições de solo e clima dos estados de Pernambuco e Bahia. Marcos Drumond explica que as plantas mais produtivas no primeiro ensaio instalado foram selecionadas e estão sendo multiplicadas para cultivo em outros estados. Isto representa o primeiro passo para o melhoramento genético da espécie.
As pesquisas serão estendidas por meio de parcerias com outras instituições como a Prefeitura Municipal de Serra Talhada-PE, o Centro Federal de Educação Tecnológica de Senhor do Bonfim-BA, Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA. Áreas experimentais serão implantadas em conjunto com a empresa privada Indústria Brasileira de Resinas (IBR) nos municípios de Jacobina e Ourolândia, situados na região noroeste da Bahia, no extremo norte da Chapada Diamantina, a 330 quilômetros de Salvador-BA.
Fonte: Embrapa Semiárido Nordeste

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