sábado, 28 de abril de 2012

Embrapa prepara-se para lançar sua cultivar elite de pinhão manso: a BRJATROPHA


Em notícia divulgada no seu site, a Embrapa deixa claro porque é forte candidata na corrida pelo desenvolvimento de uma cultivar elite de pinhão manso.  
O projeto é intitulado de BRJATROPHA e está disponível para download no seu endereço de Informação Técnica em Agricultura (infoteca-e).
Veja abaixo detalhes do projeto BRJATROPHA extraídos do artigo cujo título é "BRJATROPHA:pesquisa, desenvolvimento e inovação para produção de biodiesel".
... Visando dar suporte técnico-científico ao cultivo de pinhão manso e à valoração dos resíduos da cadeia de produção foi constituído o projeto “Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Pinhão Manso para Produção de Biodiesel”, parcialmente financiado pela Finep e pelo CNPq. Participam diretamente desse projeto 22 instituições de pesquisa do todas as regiões do Brasil, sendo 16 unidades da Embrapa, cinco Universidades e uma empresa de pesquisa estadual, com o envolvimento de mais de 80 pesquisadores e 60 bolsistas e estagiários.
Os principais objetivos do projeto BRJATROPHA são:
• Instalar um banco de germoplasma de pinhão manso, com acessos oriundos de diversas localidades do Brasil e do exterior, visando garantir a máxima variabilidade em população de ampla base genética;
• Executar a caracterização básica dos acessos do banco de germoplasma, abrangendo a fenotipagem, definição de descritores botânicos, genotipagem e definição de marcadores moleculares para viabilizar o registro de cultivares e subsidiar o melhoramento genético;
• Instalar, definir e validar os sistemas de produção (tecnologia agronômica) de Pinhão manso para as diversas regiões com potencial de produção no Brasil;
• Definir mapa de aptidão edafoclimática para a cultura;
• Promover ajustes do processo de produção de biodiesel (tecnologia industrial) e ampliar as possibilidades de uso econômico dos resíduos e coprodutos;
• Desenvolver estudos de viabilidade e sustentabilidade na cadeia produtiva do pinhão manso.
Os principais resultados esperados são:
Recursos genéticos e melhoramento
Dentre as ações-chave deste projeto está a constituição do banco de germoplasma com ampla base genética, que possui atualmente mais de 220 acessos, que encontra atualmente com 36 meses de idade. Estudos de diversidade genética utilizando marcadores moleculares (RAPD e SSR) revelaram que os acessos de pinhão manso originados do Brasil apresentam
ancestralidade comum (estreita base genética), sendo importante o enriquecimento do banco de germoplasma com procedências do centro de origem (América Central e do Norte).
Apesar da existência de baixa diversidade genética, a caracterização fenotípica tem revelado a existência de variabilidade genética para diversos caracteres quali-quantitativos de interesse para o programa de melhoramento, tais como: produção e peso de grãos, porte, teor de óleo, arquitetura de plantas, resistência a oídio, entre outros. Estudos preliminares de ganho genético predito têm apontado o potencial de ganho acima de 90 % na produção com a seleção precoce.
Além disso foram identificados, na coleção de germoplasma, acessos que não possuem ésteres de forbol nos grãos, que podem ser fonte de variabilidade genética para o desenvolvimento de cultivares comerciais não tóxicas, cuja torta, rica em proteína, pode ser usada na nutrição animal, com maior valor econômico.
Sistema de produção
Pesquisas para validar sistemas de produção de pinhão manso têm sido desenvolvidas em diversas regiões do Brasil. As ações são embasadas em conhecimentos de ecofisiologia e de fenologia para melhor adequar o
cultivo do pinhão-manso às diferentes características ambientais. Estudos com propagação sexual e assexuada, sistemas de plantio, espaçamentos para
cultivo solteiro e consorciado têm sido desenvolvidos e já possuem resultados. Curvas de acúmulo de nutrientes estão sendo determinadas e doses de fertilizantes testadas para se conhecer as exigências nutricionais do pinhão manso. Tem-se verificado que a correta fertilização das plantas de pinhão manso contribui para aumentar em até 300 % a produção de grãos, quando
comparado com plantas não fertilizadas. As podas de formação e manutenção (poda alta) têm-se apresentado como técnica de manejo promissora para uniformizar o plantio e aumentar a produção de frutos.
Diversas pragas, doenças e plantas daninhas da cultura já foram identificadas e as pesquisas buscam o estabelecimento de manejo integrado de controle com eficiência e menor custo e impacto ambiental possíveis.
Para a colheita de frutos, cuja maturação é desuniforme, a pesquisa tem buscado alternativas para concentrar e uniformizar a colheita, bem
como, adaptar derriçadeiras costais e máquinas colheitadeiras que são comumente utilizadas em outras culturas, como por exemplo, na do café,
visando aumentar rendimento e diminuir custo de colheita.
Aproveitamento econômico da torta
A torta, resultante da extração do óleo das sementes de pinhão-manso, constitui excelente adubo orgânico, rico em nitrogênio, fósforo e potássio. É, também, uma potencial fonte proteica para o suplemento de animais. No entanto, a presença de fatores limitantes tóxicos, alergênicos e antinutricionais impede o uso da torta com essa finalidade, sendo os ésteres de forbol os principais componentes tóxicos. Processos físicos, químicos e biológicos
isolados e combinados estão sendo testados, tendo algumas combinações de tratamento causado redução acima de 90 % no teor de ésteres na torta. Outra estratégia que tem sido utilizada é a exploração da variabilidade genética para ausência de ésteres de forbol nos grãos. Resultados parciais da substituição do farelo de soja por torta originada de pinhão manso não tóxico (sem ésteres de forbol nos grãos) na suplementação de carneiros foram promissores, não causando danos aos animais tratados.
Estudos sócio-econômico-ambientais
As ações de pesquisa têm buscado desenvolver estudos de cenários da cadeia produtiva do pinhão-manso, estudar impactos econômicos, sociais, ambientais, desenvolver estudos de viabilidade e sustentabilidade, ciclo de vida, balanço energético e créditos de carbono.
Com os resultados dos estudos espera-se obter índices técnicos confiáveis e informações sobre a viabilidade econômica, social e ambiental do cultivo de pinhão-manso para atender ao mercado de biodiesel a curto, médio e longo prazos, nas diversas regiões do Brasil onde há iniciativas (ou potencial) de cultivo comercial.
Gestão da Informação
Foram realizados diversos levantamentos de opinião dos profissionais que estão diretamente envolvidos com a pesquisa, o desenvolvimento da cultura, a produção vegetal e a de biodiesel, acerca do conhecimento sobre vários aspectos relacionados ao pinhão manso.
Para contato direto com a instituição:
Embrapa Agroenergia - Parque Estação Biológica - PqEB s/nº / Av. W3 Norte (final) – CEP: 70.770-901 - Brasília - DF
Telefone: 61 - 3448 4246 / Fax: 61 - 3448 1589 / www.cnpae.embrapa.br / sac.cnpae@embrapa.br
Prezados leitores, está é mais uma divulgação que demonstra o nível de comprometimento e seriedade dos centros de pesquisa brasileiro em buscar soluções seguras para os anseios do mercado relativo à cadeia produtiva do pinhão manso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário