O
projeto é intitulado de BRJATROPHA e está disponível para download no seu
endereço de Informação Técnica em Agricultura (infoteca-e).
Veja
abaixo detalhes do projeto BRJATROPHA extraídos do artigo cujo título é "BRJATROPHA:pesquisa, desenvolvimento e inovação para produção de biodiesel".
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Visando dar suporte técnico-científico ao cultivo de pinhão manso e à valoração
dos resíduos da cadeia de produção foi constituído o projeto “Pesquisa,
Desenvolvimento e Inovação em Pinhão Manso para Produção de Biodiesel”,
parcialmente financiado pela Finep e pelo CNPq. Participam diretamente desse
projeto 22 instituições de pesquisa do todas as regiões do Brasil, sendo 16
unidades da Embrapa, cinco Universidades e uma empresa de pesquisa estadual,
com o envolvimento de mais de 80 pesquisadores e 60 bolsistas e estagiários.
Os principais
objetivos do projeto BRJATROPHA são:
• Instalar um banco
de germoplasma de pinhão manso, com acessos oriundos de diversas localidades do
Brasil e do exterior, visando garantir a máxima variabilidade em população de
ampla base genética;
• Executar a
caracterização básica dos acessos do banco de germoplasma, abrangendo a fenotipagem,
definição de descritores botânicos, genotipagem e definição de marcadores moleculares
para viabilizar o registro de cultivares e subsidiar o melhoramento genético;
• Instalar, definir e
validar os sistemas de produção (tecnologia agronômica) de Pinhão manso para as
diversas regiões com potencial de produção no Brasil;
• Definir mapa de
aptidão edafoclimática para a cultura;
• Promover ajustes do
processo de produção de biodiesel (tecnologia industrial) e ampliar as
possibilidades de uso econômico dos resíduos e coprodutos;
• Desenvolver estudos
de viabilidade e sustentabilidade na cadeia produtiva do pinhão manso.
Os principais
resultados esperados são:
Recursos
genéticos e melhoramento
Dentre as ações-chave
deste projeto está a constituição do banco de germoplasma com ampla base
genética, que possui atualmente mais de 220 acessos, que encontra atualmente com
36 meses de idade. Estudos de diversidade genética utilizando marcadores moleculares
(RAPD e SSR) revelaram que os acessos de pinhão manso originados do Brasil
apresentam
ancestralidade comum
(estreita base genética), sendo importante o enriquecimento do banco de
germoplasma com procedências do centro de origem (América Central e do Norte).
Apesar da existência
de baixa diversidade genética, a caracterização fenotípica tem revelado a
existência de variabilidade genética para diversos caracteres
quali-quantitativos de interesse para o programa de melhoramento, tais como:
produção e peso de grãos, porte, teor de óleo, arquitetura de plantas,
resistência a oídio, entre outros. Estudos preliminares de ganho genético predito
têm apontado o potencial de ganho acima de 90 % na produção com a seleção
precoce.
Além disso foram
identificados, na coleção de germoplasma, acessos que não possuem ésteres de
forbol nos grãos, que podem ser fonte de variabilidade genética para o
desenvolvimento de cultivares comerciais não tóxicas, cuja torta, rica em proteína,
pode ser usada na nutrição animal, com maior valor econômico.
Sistema
de produção
Pesquisas para
validar sistemas de produção de pinhão manso têm sido desenvolvidas em diversas
regiões do Brasil. As ações são embasadas em conhecimentos de ecofisiologia e
de fenologia para melhor adequar o
cultivo do
pinhão-manso às diferentes características ambientais. Estudos com propagação
sexual e assexuada, sistemas de plantio, espaçamentos para
cultivo solteiro e
consorciado têm sido desenvolvidos e já possuem resultados. Curvas de acúmulo
de nutrientes estão sendo determinadas e doses de fertilizantes testadas para
se conhecer as exigências nutricionais do pinhão manso. Tem-se verificado que a
correta fertilização das plantas de pinhão manso contribui para aumentar em até
300 % a produção de grãos, quando
comparado com plantas
não fertilizadas. As podas de formação e manutenção (poda alta) têm-se
apresentado como técnica de manejo promissora para uniformizar o plantio e
aumentar a produção de frutos.
Diversas pragas,
doenças e plantas daninhas da cultura já foram identificadas e as pesquisas
buscam o estabelecimento de manejo integrado de controle com eficiência e menor
custo e impacto ambiental possíveis.
Para a colheita de
frutos, cuja maturação é desuniforme, a pesquisa tem buscado alternativas para
concentrar e uniformizar a colheita, bem
como, adaptar
derriçadeiras costais e máquinas colheitadeiras que são comumente utilizadas em
outras culturas, como por exemplo, na do café,
visando aumentar
rendimento e diminuir custo de colheita.
Aproveitamento
econômico da torta
A torta, resultante
da extração do óleo das sementes de pinhão-manso, constitui excelente adubo orgânico,
rico em nitrogênio, fósforo e potássio. É, também, uma potencial fonte proteica
para o suplemento de animais. No entanto, a presença de fatores limitantes tóxicos,
alergênicos e antinutricionais impede o uso da torta com essa finalidade, sendo
os ésteres de forbol os principais componentes tóxicos. Processos físicos,
químicos e biológicos
isolados e combinados
estão sendo testados, tendo algumas combinações de tratamento causado redução
acima de 90 % no teor de ésteres na torta. Outra estratégia que tem sido utilizada
é a exploração da variabilidade genética para ausência de ésteres de forbol nos
grãos. Resultados parciais da substituição do farelo de soja por torta
originada de pinhão manso não tóxico (sem ésteres de forbol nos grãos) na
suplementação de carneiros foram promissores, não causando danos aos animais
tratados.
Estudos
sócio-econômico-ambientais
As ações de pesquisa
têm buscado desenvolver estudos de cenários da cadeia produtiva do
pinhão-manso, estudar impactos econômicos, sociais, ambientais, desenvolver estudos
de viabilidade e sustentabilidade, ciclo de vida, balanço energético e créditos
de carbono.
Com os resultados dos
estudos espera-se obter índices técnicos confiáveis e informações sobre a
viabilidade econômica, social e ambiental do cultivo de pinhão-manso para
atender ao mercado de biodiesel a curto, médio e longo prazos, nas diversas
regiões do Brasil onde há iniciativas (ou potencial) de cultivo comercial.
Gestão
da Informação
Foram realizados
diversos levantamentos de opinião dos profissionais que estão diretamente envolvidos
com a pesquisa, o desenvolvimento da cultura, a produção vegetal e a de biodiesel,
acerca do conhecimento sobre vários aspectos relacionados ao pinhão manso.
Para contato direto
com a instituição:
Embrapa Agroenergia - Parque Estação
Biológica - PqEB s/nº / Av. W3 Norte (final) – CEP: 70.770-901 - Brasília - DF
Telefone: 61 - 3448 4246 / Fax: 61 -
3448 1589 / www.cnpae.embrapa.br / sac.cnpae@embrapa.br
Prezados leitores,
está é mais uma divulgação que demonstra o nível de comprometimento e seriedade
dos centros de pesquisa brasileiro em buscar soluções seguras para os anseios
do mercado relativo à cadeia produtiva do pinhão manso.
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